Investigado pela Operação Lava-Jato, o ex-ministro José Dirceu protocolou na noite de terça-feira um pedido ao juiz federal que cuida do caso, Sérgio Moro, para que não decrete sua prisão.
Segundo os advogados do ex-ministro, Dirceu, que cumpre pena domiciliar em Brasília pelos crimes do mensalão, “não aguenta mais” o “suplício” pelo temor de uma eventual prisão preventiva e afirma que “não vai fugir”. Nesta terça-feira (14), mais uma acusação atingiu o petista. O empresário Julio Camargo, da Toyo Setal, afirmou à Justiça ter pago R$ 4 milhões em dinheiro vivo ao ex-ministro.
O advogado de Dirceu, Roberto Podval, decidiu protocolar a petição depois do depoimento de Camargo. No documento de seis páginas, os advogados dizem que é “tamanha a angústia” de Dirceu, “que, já com seus 70 anos e rotulado indelevelmente de inimigo público, não aguenta mais a situação a qual é submetido diariamente”. Os advogados dizem já ter afirmado ao juiz que “José Dirceu estava à disposição, como sempre esteve para esclarecer todo e qualquer questionamento, seja da autoridade policial, seja do Ministério Público”.
Dirceu já ingressou com o pedido de habeas corpus preventivo para evitar a prisão. Em caráter liminar, o habeas corpus foi negado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que engloba a Justiça do Paraná. O advogado Podval disse esperar que a decisão final sobre o pedido seja tomada pelos ex-desembargador em sessão do TRF na próxima quarta-feira.
Do Portal NS/O Globo
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