Fundado pelo ex-governador Leonel Brizola, e com origem no sul e sudeste do país, onde o líder trabalhista tinha forte atuação, o PDT poderá se transformar dentro de alguns meses num forte partido da região Nordeste, onde, talvez, tenha origem um dos principais motivos das derrotas do gaúcho nas duas eleições presidenciais que disputou.
Mas esse quadro pode mudar com a migração dos irmãos Ferreira Gomes – Cid e Ciro - para a legenda brizolista. Cid é ex-governador do Ceará e ex-ministro da Educação de Dilma Rousseff, enquanto Ciro, que possui um currículo mais rico ainda, com duas passagens pelo governo cearense e de Fortaleza, comando de ministérios de prestigio como o da Integração Nacional no primeiro mandato de Dilma, e da Economia, no governo Itamar Franco.
O grupo político dos Ferreira Gomes - que inclui ainda o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e o atual governador, o petista Camilo Santana -, estaria com a situação bem encaminhada para se transferir para o PDT. O maior empecilho até agora é a resistência de Heitor Férrer, ex-candidato à prefeitura de Fortaleza em 2012, que é adversário político dos Ferreira Gomes.
Mas outras lideranças cearenses do partido no estado já pavimentam a estrada para a entrada do grupo dos irmãos Ferreira Gomes. De acordo com fontes seguras, o presidente do PDT no Ceará, o deputado federal André Figueiredo se reuniu com correligionários esta semana para informar sobre o encontro entre Carlos Lupi, presidente nacional da legenda, e os irmãos Ferreira Gomes, em Brasília.
Segundo André Figueiredo, a notícia foi bem recebida pelos colegas. “Estamos preparados para receber qualquer grupo que seja”, disse. Ele afirma que a migração está sob debate. Segundo Figueiredo, Cid teria lhe dito, em reunião com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, que ainda queria “ver se conseguia se ajeitar com o Pros”.
ACM Neto
Outra filiação que estaria em curso é a do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), avaliado em pesquisas como o melhor prefeito das capitais brasileiras. A entrada de Neto no PDT reforçaria mais ainda o partido na região Nordeste, e causaria uma grande repercussão em razão da importância política da Bahia no cenário nacional.
A filiação de ACM Neto à legenda brizolista depende do diretório nacional, que se reunirá nas próximas semanas para se posicionar em relação ao governo Dilma, se fica ou se sai. A entrada de Neto também poria fim ao imbróglio político que se arrasta internamente na sigla, com uma briga interminável entre o atual presidente, deputado federal Félix Júnior, e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, que já estaria de saída do partido.
Do Portal Interior da Bahia - Por Evandro Matos
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