Por causa de problemas nas provas para preenchimento das vagas de “Analista Judiciário-Administração” e “Analista Judiciário-Contabilidade”, do concurso do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), realizado neste domingo (25), em todo o estado, o processo seletivo para estes cargos em específico foi anulado. Segundo assessoria do TJ-BA, os cadernos distribuídos não correspondiam às provas dos dois cargos.
Segundo uma candidata ao cargo de “Analista Judiciário-Administração”, que faria a prova no Colégio Dois de Julho, em Salvador, e que não quis se identificar, após começar a distribuição das provas, por volta das 14h, horário marcado para o início do processo seletivo, ficou constatado que não havia avaliações suficientes para todos os candidatos.
“Eles [equipe da organização] ficaram de solucionar o problema e pediram para continuarmos na sala, e informaram que prorrogariam o tempo de prova de acordo com a espera”, afirma a candidata. “Eles também disseram que pagariam as passagens de quem veio do interior e já tivesse com bilhete da volta marcado, e prometeram também distribuir lanches para os candidatos”, acrescenta. Apesar do compromisso, a candidata informou que nada do prometido foi cumprido.
“Ficamos na sala por mais de duas horas, sem nenhuma posição. Já soubemos que sete salas aqui do Dois de Julho tiveram este problema”, diz.
De acordo com a candidata, além da quantidade de cadernos de avaliações, as provas vieram com o título errado para o cargo. “Nos inscrevemos para o cargo de ‘Analista Judiciário-Administração’, e na prova o nome que veio foi ‘Analista Judiciário Administrativo Sem Especialização'”, revela.
Em nota , o TJ-BA informou que, após tomar conhecimento do caso, a Comissão Examinadora do Concurso adotou as providências que competiam no momento e exigiu os esclarecimentos técnicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela aplicação das provas.
Através da assessoria do TJ-BA, a gestora de concursos da FGV, Vívian Távora, afirmou que em concursos de grande porte é possível ocorrer problemas. “O percentual de candidatos atingido é muito pequeno em relação ao total de candidatos”, disse.
O advogado da FGV, Elimar Mello, esclareceu que o problema foi decorrente do processo de impressão e envelopamento, realizado de forma mecânica no parque gráfico da FGV, para garantir o sigilo das provas. “Por isto o problema só foi descoberto na hora da distribuição na sala e não havia reserva técnica suficiente para a substituição”, explicou.
Ainda de acordo com a fundação, “nenhum candidato será prejudicado pois todas as providências serão tomadas e anunciadas o mais rápido possível”.
Ainda não há data marcada para a realização de uma nova prova.
Do Portal CN/G1BA
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