A investigação da Polícia Federal (PF) descobriu, na sétima fase da Operação Lava Jato, que as contas bancárias das empresas MO Consultoria e GFD Investimentos, controladas pelo doleiro Alberto Youssef, receberam R$ 90 milhões entre 2009 e 2013.
Por meio da quebra de sigilo fiscal, a PF identificou que o valor foi depositado pelas empreiteiras Mendes Júnior, Engevix, Galvão Engenharia e OAS, cujos dirigentes tiveram prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Na decisão que determinou as prisões, o juiz detalha o funcionamento do esquema de desvio de recursos da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Segundo Moro, os valores foram desviados da Petrobras e repassados ao Consórcio Nacional Camargo Correa. Em seguida, o dinheiro seguia para as empresas Sanko Sider e Sanko Serviços, fornecedoras do material das obras, e posteriormente era repassado para a MO Consultoria e para a GFD Investimentos na forma de serviços simulados.
Para Sérgio Moro, há provas significativas de que as empresas de Youssef não prestaram nenhum tipo de serviço. “ Em cognição sumária, há provas significativas de que as empresas MO Consultoria, Empreiteira Rigidez e RCI Software seriam meramente de fachada, de que não teriam prestado serviço algum e de que, portanto, os contratos celebrados e as notas fiscais emitidas, relativamente aos serviços, seriam fraudadas, ausentes ainda causas econômicas lícitas para a realização dos depósitos nas contas das referidas empresas”, concluiu o juiz.
Na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje (14), a Polícia Federal cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, Pernambuco e no Distrito Federal. Mais de 300 policiais federais e 50 servidores da Receita Federal participaram da operação. Extraído da Agência Brasil.
Do Portal JC
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