ELES SABIAM DE TUDO, revelou VEJA na capa da edição distribuída em 24 de outubro, dois dias antes da eleição presidencial. Os dois rostos que compunham a ilustração deixavam claro que “eles” eram Lula e Dilma Rousseff.
“Tudo” abrangia o aluvião de maracutaias protagonizadas por um bando de corruptos que, protegido pelo governo ao qual servia, reduziu a Petrobras a uma usina de negociatas bilionárias.
Na mesma sexta-feira, a candidata a um segundo mandato usou seis minutos do último dia da propaganda na TV para enfileirar falácias, pretextos e desculpas que, somadas, davam zero. Durante o palavrório, ameaçou o mensageiro da má notícia com uma ação judicial que jaz no mausoléu das bravatas eleitoreiras.
O fabricante do poste que desgoverna o país esperou alguns dias para jurar que VEJA é um partido político que sonha obsessivamente com o extermínio do PT. O que parece coisa de ombudsman de hospício é só a mais recente invenção do vigarista decadente: o conto da capa golpista. Um grupo de devotos da seita liberticida nem aguardou que fosse criado para desempenhar o papel de otário. Já no dia 24, pichadores companheiros exercitaram a vocação para o vandalismo nas imediações da sede da Editora Abril.
“Lula e Dilma sempre souberam”, ratificou nesta sexta-feira o editorial do Estadão. Exemplares do jornal começavam a chegar aos assinantes quando também começou a ofensiva da Polícia Federal que resultou na captura de outra leva de saqueadores da Petrobras. Desta vez, como se verá no próximo post, juntaram-se à população carcerária figurões de empreiteiras corruptoras, além de outro ex-diretor da estatal apadrinhado por José Dirceu.
O editorial sobre o maior escândalo político-policial ocorrido desde a chegada das caravelas não surpreendeu os leitores de VEJA, que acompanham desde março a cobertura da espantosa procissão de abjeções descobertas pela Operação Lava-Jato. As revelações vêm acelerando perigosamente os batimentos do coração do poder. O fechamento do cerco aos quadrilheiros do Petrolão vai chegando aos chefões. O enfarte parece questão de tempo.
Nota: Nas conversas país afora, petistas e aliados diziam que tudo não passava de intriga e fofoca de uma revista “sem credibilidade”. O tempo passa e os fatos só se agravam e as formas de corrupção e valores desviados das estatais se multiplicam. E agora?
Do Portal Interior da Bahia
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