Os festejos juninos em Conceição do Coité não são grandiosos no que se refere a grandes atrações, mas têm seus atrativos extras que atraem muita gente, em Aroeira o Forró Jegue já atraiu até a equipe do Pânico da Band, este ano chegou a 20 anos, já em Bandiaçu outro distrito coiteense uma tradição mais antiga, 49 anos, o ‘Rapa’ que ocorre depois da festa de São João.
O Calila Noticias esteve na tarde desta quarta-feira,25, para registrar o ‘rapa’ e encontrou muita alegria, disposição e apetite de muita gente para comer e beber tudo que encontrou pela frente, eis a denominação do ‘rapa’.
O vereador Professor Danilo que tem Bandiaçu como sua principal base eleitoral disse que participa do rapa ha 10 anos, segundo ele não tem política, a intenção é levar a alegria a população e visitantes independentemente de posição partidária. ” Quem precisar ser levado no banguê pode ser do 13, do 11, do 15, do 25, qualquer partido a gente leva, o governo da gente ajuda nessa festa, governos passados também ajudaram e o importante é mantermos essa tradição que faz um bem muito grande a esse povo”, ressaltou o vereador.
Segundo o morador Josemar, tudo começou em meados da década de 60, quando os moradores depois de festejar o São João saíam dispostos a comer e beber, um grupo saia entrando de casa em casa pedindo o que sobrou da festa, era milho cozido, pamonha, tira gosto, cachaça, licor, amendoim, enfim todas as comidas tipicas que são consumidas hoje em dia. Exaustos da festa, muitos acabavam embebedando e os amigos mais resistentes pegavam o banguê ( espécie de carrinho de mão sem pneu, que no passado era usado para retirar lama dos tanques e semelhante a maca de campo de futebol) colocavam no equipamento e levavam até sua residencia.
A tradição está viva e crescendo, com direito até um bloco “Clube da Cachaça” e os participantes saem pelas ruas do distrito, um grupo fica com a missão de chegar as residencias para pegar o alimento ou bebida que são distribuídos para os participantes, a exemplo de Marcelo Mascarenhas Costa, que segundo ele participa desde os dez anos, segundo ele a última atividade dos festejos juninos é a melhor, mas reconhece que a abertura também é muito emocionante com a queima de fogos que dura mais de 10 minutos e a alvorada. O CN apontou Marcelo como um grande candidato a chegar em casa de banguê, ele garantiu que não, embora tenha confessado que já foi levado pelos amigos.
O morador Walter Carneiro de Oliveira,44 anos, conhecido por “Xexeta do Capeta”, foi homenageado, pois é uma figura folclórica que sempre se vestia de mulher para “cair na farra”, mas quase perdeu a vida depois de ser atropelado no dia 4 de janeiro na BA 409, em frente ao Posto de Neto II, na ocasião muita gente não acreditava que ele sobrevivesse, mas ele reagiu e mesmo usando moletas estava presente na festa, e antes de o banguê ser utilizado para transportar bêbado levou ele para alegria dos amigos.
Redação CN
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