Eles vivem na mesma residência há 60 anos. Elis Evangelista de Souza e Lúcio Alves de Souza são agricultores. Casados. Hoje só os dois ocupam os cômodos da casa simples. Mas se alegram quando recebem a visita dos 7 filhos e de todos os netos.
Esta é uma das histórias, das muitas famílias de agricultores e pecuaristas da Zona Rural de Araci, que na manhã desta quinta-feira (03), puderam iniciar o processo considerado mais importante da vida deles: a garantia de uma residência digna, com conforto e segurança que eles precisam para encerrar seus ciclos de vida.
“Para dar início aos empreendimentos, precisávamos formar grupos com o máximo de 50 famílias cadastradas, de acordo com as diretrizes do Programa do Governo Federal”, explica Oscar Serafim, representante do Instituto de Desenvolvimento Sustentável (Idesa), instituição que é parceira no projeto, junto com o Sindicato Rural de Araci e das Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente e de Assistência Social do município. Hoje também foi instituído a Comissão de Representantes do Empreendimento, que irá fiscalizar e acompanhar os outros passos do projeto.
Neste primeiro momento, após terem documentação aprovada pela instituição financeira envolvida no programa, as famílias já cadastradas foram convocadas a assinarem o protocolo de contratação do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), para então terem acesso às linhas de financiamento. Pra isso, foi necessário que cada família aprovada respondesse ao questionário sociocultural necessário para completar as informações pendentes, como a quantidade de pessoas que residem atualmente sob o mesmo teto e quantos animais são criados em sua área rural, por exemplo.
O PNHR integra o Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, voltado às famílias de agricultores de todo o País, que possuam renda familiar bruta anual de até R$ 60 mil. “Demos prioridade às famílias que eram compostas basicamente por mulheres chefes de família, aposentados, com renda de até R$ 15 mil por ano”, disse Hiran dos Anjos, presidente do Sindicato Rural de Araci. “Além destes 50 primeiros beneficiários, temos mais outros três grupos com a documentação em análise no Banco do Brasil, e formaremos em breve, outros grupos também”, continuou, salientando que as inscrições para fazer parte do programa não tem prazo e podem ser feitas na sede do sindicato ou nas secretarias municipais envolvidas.
Para o presidente do sindicato, o principal benefício é que os moradores irão permanecer em seus locais que já vivem há anos, e não serão transferidos para loteamentos. “Este é o diferencial, pois cada família já criou raízes naquela terra, e não seria justo retirá-los de suas fazendas para morar em locais distantes ou que diferem da realidade deles”, completou Hiran.
O representante do Idesa, Oscar Serafim, disse que a depender da necessidade, vilas podem ser criadas, “quando existirem grupos de pescadores que estejam relativamente próximos, o que ajuda mais ainda no fortalecimento de associações”, analisou.
E o seu Lúcio, que contou um pouco de sua vida no início desta matéria, comemora: “Agora sei que quando reunir meus netos, como sempre fazemos no final do ano, vamos ter a segurança de estar em nossa casinha mais digna, mais aconchegante, melhor de viver”.
Por Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Araci
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