Desempregado, o marido da jovem de 18 anos, que morreu em consequência de possível erro médico em cesariana realizada no Hran (Hospital Regional da Asa Norte), pede ajuda financeira para cuidar do bebê de 13 dias.
— O que vier será bem-vindo no momento, eu aceito.
Matheus Pereira de Araújo, também de 18 anos, denuncia que médicos teriam encontrado duas compressas esquecidas no útero da mulher, durante o procedimento do parto, que foi realizado no último dia 1º de março. Uma semana depois, Michelly da Silva Pereira deu entrada no HRC (Hospital Regional de Ceilândia) com dores na barriga. No local, ela foi medicada, mas seu estado de saúde piorou e ela precisou passar por cirurgia.
Segundo Araújo, ele só foi comunicado da cirurgia após ligar para o hospital para saber o estado de saúde da mulher.
— Minha mulher saiu da sala toda suja de sangue. A médica perguntou se eu era da família e disse que ela morreu.
De acordo com médicos da unidade hospitalar de Ceilândia, as compressas podem ter sido colocadas na paciente na tentativa de estancar uma hemorragia logo após o parto.
Em nota, a Secretaria de Saúde do DF informou que abriu sindicância para apurar se houve erro médico no caso. Segundo o documento, se for constatado algum procedimento inadequado, os responsáveis serão “devidamente punidos”.
Nesta quarta-feira (13), a advogada da família de Michelly foi à delegacia para saber como serão conduzidas as investigações sobre o suposto erro médico.
— A princípio foi erro dos dois hospitais, mas eu preciso de provas em mãos para poder ingressar uma ação judicial.
O caso começou a ser investigado pela 15ª DP em Ceilândia, região administrativa do DF, mas como o fato inicial ocorreu no HRAN, a ocorrência será investigada pela 5ª DP da Asa Norte, região central de Brasília.
O enterro da jovem foi realizado nesta quarta-feira em Goiânia (GO).
Quem quiser ajudar o pai do bebê com doações pode ligar para o número (61) 8536 6283.
Erro médico
A Polícia Civil do DF também investiga a morte de um bebê de cinco dias que recebeu uma dose de glicose na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Recanto das Emas, região administrativa do DF, após ser internada por hipoglicemia. O estado clínico se agravou e o bebê foi transferido para o Hmib (Hospital Materno Infantil de Brasília), onde morreu horas depois.
Em janeiro deste ano, Rafaela Luiza, de um ano e sete meses morreu após receber superdosagem de adrenalina no Hmib. De acordo com a família, a menina foi internada no hospital por causa de manchas vermelhas no corpo. Após receber o medicamento, a menina foi encaminhada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Regional de Santa Maria, onde morreu.
Assista ao vídeo:
Do Portal AL Notícias/Fonte: R7.com
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