Os sete jovens que morreram no acidente acontecido no último domingo (12), na BR-324, próximo a Nova Fátima, deixou a cidade de Riachão do Jacuipe enlutada.
O acidente, que aconteceu por volta das 22h30, no Km 85, no trecho entre Riachão do Jacuipe e Nova Fátima, envolveu um Gol, placa KLX 8772 de Recife (PE), e um caminhão de Várzea Nova, placa JOJ 7373, que vinha de Ourolândia carregado de mármore.
Filhos de famílias humildes, todos residiam nos bairros do Ranchinho (03), Barra (01), Tanque da Nação (01), Asa Branca (01) e Alto do Cruzeiro (01).
Dos sete jovens mortos no acidente, cinco estudavam no Colégio Maria Dagmar de Miranda, e dois no Colégio João Campos. Eles estavam indo se divertir na festa junina que acontecia em Nova Fátima, municipio localizado a 35 km de Riachão. No meio do caminho, a fatalidade.
Não consta que os jovens estivessem bebendo ou participando de qualquer farra. Contudo, as 07 pessoas dentro de um veículo Gol deixa claro que houve imprudência. Nesta segunda, a mãe de Nelson Nei, motorista de veículo, disse que ainda pensou em não entregar a chava do carro para o filho, “mas não quis impedir que ele se divertisse”, afirmou, lamentando. Nelson não tinha Carteira de Habilitação.
O mais velho, Helenilson de Souza Silva, residente no bairro da Barra, ainda iria completar 20 anos em setembro. A mais nova, Marcela Mascarenhas de Oliveira Araújo, residente no Tanque da Nação, ainda faria 16 anos em novembro deste ano.
Cidade se cobre de preto e colégios suspendem as aulas
Um verdadeiro clima de comoção tomou conta da cidade de Riachão do Jacuipe desde o domingo à noite, quando a população começou a tomar conhecimento da tregédia que vitimou os sete jovens, todos menores de 20 anos.
Durante os velórios e sepultamentos, familiares, parentes e amigos não seguraram a emoção. “Foi muito doloroso. Muitas lágrimas, e não era para menos. Os meninos ainda estavam começando a vida”, disse uma moradaora da cidade, lamentando o acorrido.
Os colégios Maria Dagmar de Miranda, João Campos e toda a rede pública e municipal suspenderam as aulas na segunda-feira. A cidade ainda vive um clima de grande comoção.
Em sinal de luto, os dois colégios e o Posto de Saúde da cidade colocaram panos pretos nos portões e grades da frente. Nas residências imperava o silêncio; no comércio, apesar do período junino, pouca gente foi às compras.
Nesta terça-feira, pela manhã, a cidade enterra as duas últimas vítimas do acidente: o motorista do Gol, Nelson Nei, e Marcela Mascarenhas, a mais jovem de todos.
Veja abaixo a data de nascimento e onde estudavam os jovens:
Alunos do Colégio João Campos:
Flávia Janaina de Santana Oliveira (18/01/1995) - residente no bairro Ranchinho;
Nelson Nei Carneiro Cordeiro (11/04/1992), motorista do veículo - residente no bairro do Ranchinho.
Alunos do Colégio Maria Dagmar de Miranda:
Rogelmo de Oliveira Pereira (02/04/1993) - residente do Bairro Asa Branca;
Marcela Mascarenhas de Oliveira Araújo (07/11/1995) - residente no Tanque da Nação;
Ana Maria Guedes (28/07/1994) - residente no bairro Ranchinho;
Daiane de Almeida Santos (03/10/1992) - residente no bairro Alto do Cruzeiro;
Helenilson de Souza Silva (14/09/1991) - residente no bairro da Barra.
Segundo informações fornecidas pelas secretarias dos dois colégios, Flávia Janaina e Marcela Mascarenhas (esta apenas da mãe) eram filhas únicas. Marcela e Rogelmo Pereira eram namorados, assim como Ana Maria e Nelson Nei.
Por Evandro Matos – especial para o Interior da Bahia (Fotos: Aldo Matos/ Acorda Cidade).
Nenhum comentário:
Postar um comentário