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quinta-feira, 13 de julho de 2023

Estimativa de junho prevê safra recorde de 307,3 milhões de toneladas de grãos para 2023

Foto: Gilson Abreu/AEN-PR

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira (13) pelo IBGE, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 307,3 milhões de toneladas. Trata-se de um valor 16,8% maior ou mais 44,2 milhões de toneladas que a obtida em 2022.

A área a ser colhida este ano deve ser de 76,9 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 5,1% (3,7 milhões de hectares a mais) em relação à área colhida em 2022.

Os principais destaques da safra 2023 são as estimativas da produção de soja, milho, trigo e sorgo, todos estabelecendo novos recordes. No caso da soja, a produção deve chegar a 148,4 milhões de toneladas (alta de 0,1%). Quanto ao milho, a estimativa foi de 124,5 milhões de toneladas (28,1 milhões de toneladas na 1ª safra e 96,3 milhões de toneladas na 2ª). A produção do arroz foi estimada em 10,0 milhões de toneladas; a do trigo em 10,6 milhões de toneladas; a do algodão (em caroço), em 6,9 milhões de toneladas; e a do sorgo, em 3,8 milhões de toneladas.

“Há um conjunto de fatores positivos. Com exceção do Rio Grande do Sul, o clima tem estado muito bom, especialmente para os produtos de segunda safra como o milho, cuja produção cresceu muito. Outro fator é que o ano agrícola começou no período certo, não teve atraso no plantio da safra de verão, o que possibilitou uma colheita, especialmente da soja, no tempo certo. A janela de plantio do milho de segunda safra foi muito boa, logo após a colheita da safra de verão em janeiro e fevereiro. Isso favorece a colheita do milho de segunda safra que está ocorrendo agora em julho e agosto. E por fim, o aumento dos preços internacionais levou o produtor a ampliar o plantio”, analisa o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

A produção do trigo também pode vir a ser recorde caso se mantenham as condições climáticas favoráveis. O país importa um pouco de trigo, mas a produção tem crescido bastante devido à elevação dos preços internacionais com a guerra da Rússia e da Ucrânia, levando os produtores a investirem mais em tecnologia e na ampliação do plantio. “Mas ainda dependemos que o clima ajude, pois existe uma previsão do fenômeno El niño, que pode provocar secas, especialmente no sul do país”, ressalta Barradas.

Já a soja teve um pequeno aumento na produção o que faz com que mantenha a previsão de recorde. A alta se deve ao aumento na produção do Tocantins em relação a maio. “Nos estados do Matopiba, (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) o plantio da soja atrasa em relação ao resto do país, com isso eles têm maior capacidade de alterar o dado de produção. Este mês, o Tocantins foi o responsável prevendo um crescimento de 6,6%”, completa Barradas.

Do Portal NS

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