Um grupo do Partido Liberal (PL) no WhatsApp foi palco de divergências entre parlamentares filiados à legenda após a votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados.
Conforme divulgado pelo jornal O Globo e confirmado pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a confusão teria ocorrido no domingo (9), três dias após a análise da reforma tributária na Câmara, motivada pelo fato de que alguns deputados do PL votaram de forma favorável ao texto.
Desde o início da discussão sobre o texto, o partido de Valdemar Costa Neto tem se posicionado contra a proposta, que é uma das apostas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A posição contrária é, inclusive, marcada por críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem atuado como um “mentor” da legenda.
Apesar de não ter fechado questão sobre o assunto, o PL orientou, durante a votação, que os parlamentares da legenda votassem contra o texto. No entanto, dos 99 deputados filiados ao PL, 20 votaram a favor da reforma no primeiro turno de votação.
Conforme apurou o Metrópoles, deputados que votaram de forma favorável à pauta revelaram que estariam sendo perseguidos nas redes sociais pela posição que adotaram em plenário.
O assunto causou discussões acaloradas no grupo, com críticas de parlamentares que seguiram a orientação do partido. Após a confusão, o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes, bloqueou o envio de mensagens no grupo, permitindo que apenas administradores do canal se comunicassem.
Outro lado
Procurado pelo Metrópoles, o deputado não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem. Em nota, a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) alegou que é “normal” haver divergências em um partido tão grande como o PL.
“É normal, em um partido tão grande, haver divergências. Votei contra a reforma tributária, como a maioria dos colegas do partido, mas teve gente do grupo que votou a favor. Cada um que lide com seu voto”, avaliou a parlamentar.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) explicou que chegou a sugerir que o partido fechasse questão oficialmente contra a reforma para que todos votassem do mesmo jeito. Como não houve consenso, cada parlamentar ficou livre para votar da forma que quisesse.
“Se o partido tivesse fechado questão contra a reforma, como cheguei a sugerir, todos teriam de votar do mesmo jeito. Como isso não aconteceu, cada um pode votar de acordo com seu próprio entendimento e a expectativa dos seus eleitores”, pontuou a deputada.
Do Portal Bahia Notícias/Foto: Câmara dos Deputados
Nenhum comentário:
Postar um comentário