O dado foi divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já o Gini do rendimento médio mensal de todos os trabalhos caiu de 0,499 para 0,486, atingindo também seus menores valores, na média do país e em quase todas as regiões.
Com isso, a desigualdade de rendimentos diminuiu no conjunto da população e também na população ocupada.
Segundo a analista Alessandra Brito, em nota do IBGE, “a entrada de quase 8 milhões de pessoas na população ocupada puxou a média de rendimento para baixo, mas aparentemente essas pessoas ingressaram no mercado de trabalho recebendo vencimentos com valores similares, o que resultou numa distribuição menos desigual. Além disso, o rendimento médio dos trabalhadores sem carteira e por conta própria aumentou no período, também contribuindo para essa queda no índice de desigualdade”.
Apesar da redução no Gini, a desigualdade permanece: em 2022, o rendimento médio domiciliar per capita do 1% da população que ganha mais era de R$ 17.447. Isso equivale a 32,5 vezes o rendimento médio dos 50% que ganham menos (R$ 537), uma desigualdade muito grande, ainda que, em 2021, essa razão fosse de 38,4 vezes.
“A queda brusca dessa razão para o menor patamar da série histórica reflete um pouco tudo que observamos. Muitas pessoas voltaram para o mercado de trabalho, os muito pobres estão recebendo um auxílio que se compara ao auxílio emergencial em valor, e o 1% mais rico teve uma pequena redução no rendimento”, sintetiza Brito, em nota à imprensa.
A pesquisa mostra que a metade da população com os menores rendimentos recebeu, em média, R$ 537, uma alta de 18% em relação a 2021, quando o rendimento dessa metade da população chegou ao menor valor da série histórica: R$ 455.
De 2021 para 2022, o rendimento domiciliar per capita cresceu em quase toda a distribuição, mas principalmente na primeira metade. Já o 1% com os maiores rendimentos teve pequena perda (-0,3%).
Do Portal Ailton Pimentel/Fonte: CNN
Nenhum comentário:
Postar um comentário