Os advogados do BTG Pactual entraram na Justiça contra a liminar que protege a Americanas dos credores, as organizações as quais a companhia deve dinheiro. Em liminar, o escritório de advocacia “subiu o tom” contra os principais acionistas da empresa, a 3G Capital, que é liderada pelo famoso trio formado por Beto Sucupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, e os acusou de organizar a “maior fraude corporativa na história do país".
“O caso em questão é a triste epítome de um país. Os três homens mais ricos do Brasil, ungidos como uma espécie de semideuses do capitalismo mundial 'do bem', são pegos com a mão no caixa daquela que, desde 1982, é uma das principais companhias do trio”, diz um trecho da petição inicial, intitulada de: "A semente da autodestruição: pirotecnia contábil".
"Dois dias depois, têm a pachorra de vir em Juízo pedir uma tutela cautelar, preparatória de uma recuperação judicial, para impedir os credores de legitimamente protegerem o seu patrimônio à luz da maior fraude corporativa de que se tem notícia na história do país. É o fraudador pedindo às barras da Justiça proteção ‘contra’ a sua própria fraude", diz outro trecho da liminar enviada ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O BTG afirma que foi impedido de cobrar uma dívida de R$ 1,9 bilhão após a liminar barrar a cobrança de todos os credores. A decisão da Justiça veio após a ex-presidência da Americanas identificar um escândalo que trouxe um rombo de R$ 20 bilhões para a companhia, (veja mais aqui).
Lemann, Telles e Sucupira eram controladores da varejista até 2021. Agora, o trio fundador da 3G Capital são categorizados como “acionistas de referência”. A liminar também os acusa de construir sua fortuna por meio de artifícios “maliciosos” e dá a entender que o escândalo por não ser algo exclusivo da Americanas.
“O trio por trás do controle da Americanas (ainda que travestido da denominação “acionistas de referência”) dispensa introdução. Conquanto as trajetórias de sucesso estejam estampadas em best-sellers, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira construíram seus impérios em bases que não são tão sólidas quanto parecem”, disse o texto.
Do Portal Bahia Notícias
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