Torres foi preso por suspeita de ter facilitado os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, enquanto atuava como Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após pedido da Polícia Federal e da Advocacia-Geral da União.
O atendimento psicológico a Torres foi feito por uma profissional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, que visitou o ex-ministro na cela em que ele está alojado no batalhão. Ele também foi visitado pelo seu advogado, Rodrigo Roca no espaço, que, de acordo com o Ministério Público do Distrito Federal, tem "instalações são compatíveis com uma sala de estado-maior".
Existe a expectativa de que o ex-ministro preste depoimento nos próximos dias, possivelmente nesta quinta-feira, 18. Ele já foi ouvido sobre as acusações após passar por audiência de custódia.
Torres foi preso no último sábado, 14, ainda no aeroporto de Brasília, após desembarcar no Brasil. Ele estava de férias, em Orlando, nos Estados Unidos. O pedido de prisão preventiva do ex-ministro de Bolsonaro decorre do inquérito que apura os atos golpistas ocorridos na capital federal no último dia 8.
A suspeita é que Torres, em conjunto com setores da Polícia Militar do DF e de militares, tenha atuado para facilitar a ação dos terroristas bolsonaristas. O ex-ministro diz que não teve relação com os atos ou foi omisso na realização do seu trabalho.
Além disso, na terça-feira, 10, policiais federais encontraram na residência de Torres uma minuta de decreto golpista para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo do texto era inverter o resultado da eleição, no qual o seu ex-chefe saiu derrotado as urnas.
Do Portal Ailton Pimentel/Fonte: A Tarde
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