Foto: Reprodução / Uol
A ditadura da Venezuela realizou duas operações contra opositores nesta segunda (12). Em uma delas, o ex-parlamentar Freddy Guevara foi abordado na estrada Prados del Este, no bairro de Las Mercedes, em Caracas, e foi preso. Na outra, agentes da Força de Ações Especiais (Faes) entraram armados na garagem do edifício onde vive o líder opositor Juan Guaidó, que estava numa caminhonete com seguranças.
Houve disparos de armas de fogo e a ameaça de usar uma granada para abrir o veículo -o motorista foi arrancado à força do carro. Durante a ação, a mulher de Guaidó, Fabiana, publicou no Twitter um post para alertar que o marido estava cercado. Assim, jornalistas foram até o edifício e começaram a fazer barulho do lado de fora. Vizinhos também apareceram para pressionar os oficiais, que acabaram deixando o local.
Logo após o episódio, Guaidó afirmou à imprensa que, assim como o regime levou Guevara, a intenção era levá-lo também. "E [a intenção era] de nos assustar, porque não querem entrar no diálogo de Salvação Nacional", disse ele, em referência às negociações entre ditadura e oposição com mediação da Noruega.
Antes, pela manhã, o líder opositor expressou em suas redes sociais apoio aos manifestantes que foram às ruas de Cuba, no domingo (11). "Desde a Venezuela, reiteramos nosso respaldo a todo movimento pró-democracia em Cuba. Nos une a luta por vermo-nos livres e democráticos".
Guevara, por sua vez, foi levado ao Helicóide, no qual ficam mantidos presos políticos do regime. Ele havia se refugiado na embaixada do Chile em Caracas em novembro de 2017 e só deixou o local em setembro do ano passado. Em um vídeo gravado pouco antes de ser preso, afirmou ter decidido ficar no país apesar da possibilidade de ser detido "porque é importante trabalhar neste acordo". O vídeo, então, foi interrompido no momento em que um policial bate na janela e ordena que Guevara deixe o veículo.
Do Portal Bahia Notícias/por Sylvia Colombo | Folhapress
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