A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (26) operação para desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico interestadual de drogas e lavagem de capitais, que atuava principalmente em Rondônia. Policiais federais dão cumprimento a três mandados de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária, além de dezenove mandados de busca e apreensão, nas cidades de Porto Velho, Ariquemes, Alto Paraíso, Monte Negro e Rio Crespo, no estado de Roraima; Itabuna, Jequié e Camaçari, na Bahia, e São Paulo.
Além das prisões e buscas, a Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho determinou o bloqueio de contas bancárias e bens dos investigados, e o sequestro de imóveis, veículos e gados (semoventes).
A PF informou que ao longo das investigações, iniciadas em janeiro de 2018, a identificou a apreensão de duas cargas de entorpecentes ocorridas nas cidades de Itabuna, no sul da Bahia, e São Paulo, totalizando aproximadamente 140 kg de cocaína. Conforme a PF, as drogas eram remetidas das cidades de Porto Velho e Ariquemes, em Rondônia, para os estados da Bahia e São Paulo, ocultas no interior de peças metálicas de chumbo preparadas exclusivamente para este fim. Com o intuito de burlar qualquer tipo de fiscalização, as cargas eram transportadas por empresas de boa-fé e sem participação no esquema.
De acordo com o que foi apurado, os investigados promoviam a lavagem do capital ilícito obtido com a venda das drogas com a aquisição de diversos imóveis, gados e veículos. Alguns caminhões comprados nesse esquema eram, inclusive, locados a órgãos públicos com o intuito de dar aparência de legalidade ao dinheiro ilícito no interior do estado de Rondônia.
Segundo a Polícia Federal, o principal investigado e líder do grupo criminoso, além de suas atividades com a compra e venda de gado e aluguel de máquinas adquiridas com o dinheiro ilícito, é proprietário de uma loja de aparelhos celulares na cidade de Ariquemes (RO), utilizada para a emissão de notas fiscais falsas e para a lavagem de capitais.
Os presos durante a operação, denominada Sarepta, responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.
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