Foto: Reprodução / TV Globo
Em um caso raro na medicina, duas gêmeas nasceram com três dias de diferença em partos normais, nos dias 31 de dezembro de 2018 e 3 de janeiro de 2019, em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná.
De acordo com informações do G1, a mãe, Fernanda Cerrzolli de Oliveira, de 36 anos, contou que Rebeca e Martina eram esperadas para o fim de janeiro, mas nasceram antes. “A bolsa estourou quatro horas da manhã. Estava meio dormindo ainda, não sabia o que fazer. Pegamos todas as coisas e corremos para o hospital”, conta o pai, Willian Alfred de Oliveira.
Prematura de 33 semanas, Rebeca nasceu com 2,07 kg e 42 centímetros, e foi levada para a incubadora da UTI neonatal. "É muito comum a gente ter um parto de gemilar e, em seguida, após alguns minutos até meia hora, 40 minutos, uma hora, ter o nascimento do outro neném. A gente aguardou esse tempo e esse bebê não vinha, esse bebê não vinha, e a gente optou por não intervir", disse a médica responsável, a pediatra Fernanda Perotta Consentino. Geralmente, em casos parecidos, os médicos optam por uma cesariana, mas Consentino preferiu dar mais tempo para o desenvolvimento da outra criança.
Segundo a publicação, os partos das gêmeas idênticas com tanto tempo de diferença só foi possível porque o óvulo fecundado se dividiu em dois e, apesar de ocuparem a mesma placenta, as bebés estavam em bolsas separadas, possibilitando que a segunda criança pudesse ficar mais tempo na barriga da mãe.
“A gente fez ultrassom, viu que ela tinha virado, já tinha ‘madurado’, então era hora de dar um empurrãozinho para nascer”, comentou o médico Rubens Schir. Desta forma, Martina nasceu também de parto normal e pelo maior tempo de desenvolvimento, não precisou ficar na UTI neonatal. "Quando eu chegava perto lá da incubadora, a Martina começava a mexer muito. Ela mexia demais, assim, sabe? Parecia que as duas queriam se comunicar ali. Bem interessante", relembra Fernanda Cerrzolli. “Foi inusitado, bem diferente do que imaginou e até do que a gente sonhou”, comentou o pai. “Na escola é que vai ser complicado para elas explicarem para os colegas que, mesmo gêmeas, elas nasceram em dias e anos diferentes”, completou. O casal tem ainda uma outra filha, Gabriela, de oito anos.
Do Portal Bahia Notícias
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