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domingo, 22 de julho de 2018

Bahia se reunirá para discutir termos do contrato com o EI e pode levar caso a câmara de arbitragem

A relação entre Esporte Interativo (EI) e os 16 clubes que fecharam com a emissora para transmissão dos jogos do Brasileirão na TV fechada (período 2019-2024) está na corda bamba.
Segundo a jornalista Juliana Lisboa, o Conselho Deliberativo do tricolor vai apurar a diferença nos valores acordados em relação às cotas do Brasileirão em 2019 e o que está, de fato, no contrato. Inclusive, o ex-presidente Marcelo Sant'Ana, que era o gestor responsável na época da assinatura do contrato, será convocado para prestar esclarecimentos sobre os detalhes desse documento. A reunião ainda não tem data marcada, mas deverá acontecer em agosto.
De acordo com a jornalista, a divergência nos valores é por conta das luvas: no ano passado, o Esporte Interativo adiantou R$ 40 milhões pelo fechamento do contrato. O Bahia entende que esse valor era por fora do contrato; e fontes ligadas ao clube dizem que, no documento, esse valor é descontado.
O Esquadrão também quer equiparação aos valores pagos ao Palmeiras. Além dos R$ 40 milhões em luvas, a equipe recebeu um aporte extra de R$ 60 milhões por amistosos internacionais. Outros clubes que fecharam com o EI nos mesmos termos do Bahia também se sentem lesados.
O Esporte Interativo não comenta os valores dos contratos com os clubes por conta de cláusula de confidencialidade.
Ainda de acordo com Juliana, o Bahia vai levar esse caso à câmara de arbitragem da Fundação Getúlio Vargas, para acelerar a solução do impasse e não envolver a justiça diretamente. Os custos são altos: começam em cerca de R$ 140 mil e podem chegar a um rombo de R$ 12 milhões caso o tricolor perca a causa. Vale lembrar, que esses são valores estimados pelo mercado, podendo variar para mais ou para menos. Ainda assim, números consideráveis.
Contrato do Esporte Interativo com os clubes
O valor total a ser dividido pelos clubes sequer aparece explicitamente no contrato com Esporte Interativo. Há anexos com quantias referentes a cada clube e a soma corresponderia ao bolo total, caso o canal conseguisse a assinar com todos os 20 clubes da Série A.
O montante real, contudo, é proporcional ao número de equipes. Atualmente, com sete clubes da primeira divisão sob contrato, a fatia seria de R$ 192,5 milhões por temporada -- na visão dos clubes. Seguindo o que está no papel, porém, o resultado diminuiria consideravelmente e ficaria na casa dos R$ 141 milhões.
O somatório pode variar a cada temporada por causa do acesso e descenso – e também do valor previamente atribuído a cada equipe. O modo de rateio segue como o divulgado: 50% (dividido igualmente), 25% (desempenho) e 25% (audiência).
Atualmente, a televisão fechada paga R$ 60 milhões anuais aos clubes. O vínculo com a Rede Globo, que transmite os jogos no SporTV, acaba em dezembro de 2018.
Do Portal Galáticos Online/Foto: Divulgação

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