O líder da facção criminosa Katiara em Feira de Santana, Marilton Nunes de Jesus, conhecido como "Mamai", ordenou um duplo homicídio de dentro do presídio de Segurança Máxima de Serrinha, o "cebolão". A informação é do coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin/Feira de Santana), delegado João Uzzum.
Mamai teria ordenado os homicídios em represália à morte de um comparsa dele. Ele também determinou o ataque a uma mulher, que teve o cabelo raspado e foi ameaçada de morte. A agressão foi gravada e divulgada nas redes sociais.
Apesar do regime de segurança máxima, onde os presos ficam sozinhos nas celas, Mamai continuou comandando o tráfico de drogas em Feira de Santana. "Ele é o homem de Roceirinho (o traficante Adilson Souza Lima, apontado com líder da Katiara na Bahia) em Feira de Santana e comanda todo o tráfico de drogas na cidade", explicou o delegado. Não há informações de como Mamai consegue comandar a organização criminosa de dentro do presídio. O fato é investigado pela polícia.
Neste último ano, ele foi flagrado duas vezes com entorpecentes dentro do presídio de Serrinha, o único de segurança máxima na Bahia. Mamai ainda é acusado de ter ameaçado de morte funcionários do conjunto penal.
Após descobrir os fatos, o delegado solicitou a permanência do detento no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), o que foi aprovado e ele continuará detido no presídio de Serrinha por mais 360 dias.
Essa não é a primeira passagem dele pela unidade de segurança máxima. Segundo o delegado, ele já esteve outras vezes no presídio depois de ser transferido de Feira de Santana. Em 2011, ele foi alvo de uma operação policial por comandar o tráfico e ordenar diversos homicídios de dentro do Conjunto Penal de Feira.
"Na época, ele foi transferido para Serrinha, mas conseguiu voltar para Feira. Só que a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) pediu o retorno dele para Serrinha. Agora ele já tinha completado o tempo dele no Regime Disciplinar Diferenciado, mas com esses fatos novos, ele vai continuar no presídio", explica o delegado.
Do Portal Clériston Silva
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