O Planalto comemora o crescente apoio ao afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República. De acordo com recente levantamento, já são entre 65 e 70 os senadores favoráveis. No julgamento, 54 votos serão suficientes para manter o impeachment.
O governo diz que acertos, sobretudo na área econômica, e a pacificação do País, influenciam os indecisos. O Brasil é bem melhor sem Dilma. “Temos contabilizados 65 votos, mas podemos chegar a 70”, confirma o primeiro-secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP).
“Quando Dilma voltar para Porto Alegre, a economia se estabiliza de vez”, garante o experiente deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
A presidente afastada é acusada de crimes de responsabilidade e contra a Lei Orçamentária, com punições previstas na Constituição. Se o Senado seguir a proporção de votos contra Dilma na Câmara (367 pelo afastamento) serão, no mínimo, 58 votos pró-impeachment.
Lula está longe
Os conselhos mais incisivos, que costumava receber do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também têm ficado em segundo plano. Os dois se falam cada vez menos e quase sempre por telefone.
Aliados de Dilma dizem que nenhum dos dois está “muito empenhado” em converter votos contra o impeachment, em sessão marcada para agosto no Senado. Da última vez que esteve em Brasília, no início do mês, Lula almoçou com a sucessora e participou de um jantar na casa do senador Roberto Requião (PMDB-PR) com apenas seis parlamentares.
Cristovam Buarque (PPS-DF), que se autodefine “indeciso” no julgamento do impeachment, e um dos que pode, na opinião de assessores de Dilma, votar desta vez a favor dela, não compareceu.
Tenta relaxar
Diante do cenário pouco animador, a petista tenta relaxar. Dedica-se mais à leitura e a séries no Netflix, vícios que conseguiu retomar com mais frequência somente ao ser afastada da Presidência. Mantém a rotina de exercícios com pedaladas em torno do Alvorada, mas afrouxou a dieta ravenna, que a fez perder 17kg. Dilma engordou, mas não conta a ninguém quantos quilos.
Da biblioteca, elabora textos e discursos, discute a conjuntura política com aliados e a estratégia de sua defesa no processo de impeachment com José Eduardo Cardozo, seu advogado pessoal.
Ele tem ido praticamente todos os dias ao Alvorada, mas não fica necessariamente o tempo todo com a chefe, que o chama quase que de hora em hora para tirar dúvidas e fazer ponderações sobre as alegações finais.
Não tem o que fazer
Além de José Eduardo Cardozo, Giles Azevedo e Jorge Messias, os principais frequentadores da residência oficial são os ex-ministros petistas Ricardo Berzoini, Jaques Wagner e Carlos Gabas.
Quando está inquieta, deixa a biblioteca e vai procurar os assessores nas salas de reuniões que ficam de frente para o jardim da residência oficial. “Ela procura trabalho, mas não tem muito o que fazer”, confidencia um dos visitantes corriqueiros. (Fontes: Diario do Poder e Tribuna da Internet).
Do Portal Interior da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário