Movimentos sociais e sindicatos ligados ao Partido dos Trabalhadores realizam na tarde desta quinta-feira protestos em defesa da presidente Dilma Rousseff e contra o processo de impeachment em pelo menos 23 Estados e no Distrito Federal. Manifestação deve ser maior em Brasília, onde é aguardada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os principais alvos de ataque dos manifestantes são o vice-presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o juiz Sergio Moro, que conduz a Operação Lava Jato em Curitiba na 1ª instância. Entre os participantes do grupo, estão militantes do PT e PCdoB, integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
Todos os servidores da Câmara dos Deputados foram autorizados a sair mais cedo por causa da manifestação, que acontece nas proximidades do Congresso Nacional. O texto, enviado pelo diretor-geral da Casa, Romulo Mesquita, "dispensa o ponto" dos funcionários a partir das 17h.
A decisão, segundo Mesquita, é para "facilitar o retorno dos funcionários às suas casas, em decorrência do ato que bloqueará os acessos aos prédios da Câmara". Ainda de acordo com a mensagem, "os servidores que ainda não completaram a sua jornada ordinária terão automaticamente suas horas abonadas".
Segundo uma sindicalista da CUT, entre 700 e 1.000 ônibus estão a caminho de Brasília, onde a Polícia Militar estima que cerca de 10 mil manifestantes participam.
Pelo Brasil
Há atos programados em pelo menos 20 estados, além do Distrito Federal. Em São Paulo, os manifestantes do ato em defesa da democracia e contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff ocupam a Praça da Sé e a rua lateral da catedral. Quatro carros de som levam líderes de movimentos sociais e de sindicatos que se revezam nos discursos.
O ato reúne entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), da União da Juventude Socialista, da Central de Movimentos Populares, de diversos sindicatos, entre outros.
No Rio de Janeiro, os manifestantes se reuniram no Largo da Carioca, no centro do Rio. Na avaliação do presidente da Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj), Rossino Castro Diniz, a camada mais pobre do país, beneficiária dos principais programas sociais do governo, como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida, é contrária à tentativa de impedimento da presidenta Dilma.
Em Salvador, o ato começou no início da tarde, na região de Campo Grande. Na capital cearense, a concentração dos manifestantes ocorreu na Praça da Bandeira. (Fone: Agência Brasil).
Do Portal Interior da Bahia
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