Nessa terça-feira (26), o presidente do PTN na Bahia, o deputado federal Bacelar, procurou seu irmão, Maurício Bacelar, diretor-geral do Detran baiano, e comunicou que havia solicitado o cargo de direção do órgão ao governador Rui Costa.
O ato é o ápice da crise que o PTN enfrenta desde o início do ano passado, quando o partido ingressou na base aliada do governo estadual, deixando alguns integrantes contrariados e que acabaram saindo da legenda. O clima ficou mais desgastado à medida que os quadros da agremiação externavam insatisfação com a liderança da sigla na Bahia e com o comando do Detran. Deputados estaduais do partido e outros aliados reclamavam que a direção do Departamento de Trânsito da Bahia realizava ações no interior do estado e não os convidava para estarem juntos as suas respectivas bases eleitorais.
As constantes reclamações levaram o dirigente do partido a literalmente pedir a cabeça do irmão que havia assumido o cargo em 23 de janeiro de 2015. Em conversa com o Bocão News, Maurício Bacelar disse que segue no cargo, “com a mesma determinação de sempre”, até que a exoneração saia no Diário Oficial do Estado da Bahia. “Fui chamado pelo deputado Bacelar, que é o líder do PTN, e me comunicou que solicitou ao governador o cargo que ocupo aqui no Detran. Que teria solicitado a minha substituição porque o partido entendeu que eu cumpri minha missão e para oxigenar outras lideranças, vai dar oportunidade a Jackson Souza, que é dos nossos quadros e é praticamente criado no gabinete do deputado Bacelar”, descreveu o ainda diretor do órgão.
Jackson já atuava no Detran. Vinha ocupando a função de assessor na diretoria da entidade. Bacelar, que já teve o nome ventilado para disputar a prefeitura de Camaçari pelo PTN, evita fazer planos políticos após a saída do órgão estadual de trânsito. “Quando sair daqui, onde tenho trabalhado 24 horas por dia, incansavelmente, vou pegar a chave do meu carro, ver se a documentação está em dia, verificar a carteira de habilitação, me atentar às normas de trânsito, e vou viajar por 30 dias. Quando retornar, eu verei o que será feito”, apontou.
Preparando as malas para deixar o comando do departamento após enfrentar uma movimentação na Assembleia Legislativa da Bahia que pedia uma CPI para investigar os convênios que o Detran possui com empresas de vistoria veicular, Maurício Bacelar transmite a ideia de missão cumprida.
“Eu assumi o Detran no dia 23 de janeiro de 2015. O site estava há 45 dias fora do ar. Se eu sair hoje, dia 27, eu deixo aplicativo que lançamos funcionando com 500 mil acessos ao mês. Encontrei aqui a Escola Pública de Trânsito fechada. Deixo Eptran funcionando em Camaçari, Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, além da Eptran móvel”, vangloriou-se. (Informações do Bocão News).
Do Portal Interior da Bahia
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