O Esporte Clube Jacuipense de Riachão do Jacuípe, carinhosamente chamado de ‘Leão do Sisal’, time da primeira divisão do Campeonato Baiano, vinha sofrendo há algum tempo por não ter estádio para treinar e nem disputar seus jogos, ano passado foi reinaugurado o Estádio Eliel Martins que ganhou uma fachada com o nome Arena Valfredão, e trouxe alegria ao torcedor local e de cidades circunvizinhas, quando o Leão fez duas partidas pela Copa do Brasil contra Paraná Clube e Náutico de Recife.
O clube está se preparando para disputa de mais um campeonato baiano, cuja estreia acontece no próximo sábado, 30, contra o Vitória em Salvador, mas antes mesmo de enfrentar o rubro negro da capital, enfrentou o estresse na tarde desta quarta-feira, 27, quando o elenco chegou para o estádio para treinar e deparou com os portões fechados.
A situação causou um desconforto muito grande, pois um sonho de muitos era ver o Jacuipense mandado seus jogos em seu próprio estádio, pois antes disso teve uma função de “time cigano” tendo que mandar seus jogos em Salvador no Estádio Pituaçu ou Joia da Princesa, em Feira de Santana.
O estádio foi aberto segundo o presidente Felipe Salles com atraso de mais de meia hora, tendo prejudicado o planejamento de treinamento. O que causou mais revolta foi o porteiro dizer que não tinha autorização para abrir os portões para o Jacuipense.
O presidente em entrevista a imprensa disse que ganhou um adversário inesperado, segundo ele como se não bastasse a chuva que atrapalhou bastante, veio a prejudicar o treinamento para o difícil compromisso de estreia contra o Vitória. ”A gente tem sido sensível com a prefeitura não exigindo nenhum tipo de patrocínio, se dizer que tem dez centavos da prefeitura eu digo que é mentira, a única coisa que a gente tem é o estádio para treinar e jogar, só que nos treinamentos a nossa relação está um pouco difícil, com a administração do estádio e da própria prefeitura. Eu ouvir dizer que vem ordem de todos os lados, um manda abrir, outro manda fechar, e hoje ficamos bastante chateados porque estava na programação de treinamento a partir das três e meia e só conseguimos entrar a partir das dezesseis e isto só prejudica o treinamento dos jogadores, estressa todo mudo”. Desabafou Felipe.
Ele pediu que a prefeitura dê tratamento diferenciado ao Jacuipense em relação ao Fluminense de Feira e Feirense que também tem utilizado o estádio. Em outras palavras quis dizer que está existindo uma inversão de valores, quando prestigia os clubes que são de fora e desprezam o que tem levado o nome da cidade.
Salles disse que não está politizando o processo, e espera que não seja uma forma de politizar, pois segundo ele o Jacuipense é independente de política, tem seis anos a frente do clube sem querer misturar política com futebol.
O presidente afirmou que foi a terceira vez e espera que não aconteça mais, chegou a citar que foi informado que a ordem para não abrir o estádio partiu do secretário de Administração Valfredo Junior.
O CN tentou contato com o secretário e não obteve retorno. Uma mensagem foi deixada e caso deseje se pronunciar o espaço está aberto.
Redação CN * Fotos; reprodução do vídeo blog Hora da Verdade
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