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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) investirá cerca de R$ 10 milhões em pesquisas sobre a fosfoetanolamina - substância que supostamente combate o câncer. Quem anunciou a novidade foi o ministro Celso Pansera, em uma reunião com pesquisadores de várias instituições na última quinta-feira (12). Estavam presentes representantes do Instituto Butantan e universidades federais do Rio de Janeiro, Ceará, Santa cataria e outras.
A ideia do ministério é que os novos estudos sejam conduzidos por laboratórios que têm parcerias firmadas com o MCTI, além do Instituto Butantan e de instituições ligadas ao Ministério da Saúde. “Já passou a hora do governo entrar nessa questão. Precisamos saber se, de fato, essa substância é eficaz no combate ao câncer”, disse o ministro.
Nesta segunda-feira (16), Pansera definirá, ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Castro, um cronograma das pesquisas. “Nós julgamos fundamental tratar essa questão com transparência, em função da comoção social que foi criada”, falou. Segundo ele, os laboratórios de Santa Catarina e do Ceará, parceiros do MCTI, serão os responsáveis por teste in vitro e em animais.
No estudo, esses laboratórios irão reproduzir a “pílula do câncer”, desenvolvida em 1990 por Gilberto Orivaldo Chierice, um pesquisador da Universidade de São Paulo, e que causou comoção. “Essa pílula contém a fosfoetanolamina sintética com estrutura molecular alterada e por isso precisamos do material que a USP desenvolveu. Eles fornecerão um quilo da substância que será copiado. Esse material vai ser usado para testes in vitro e em animais”, explicou.
Na época em que a pílula foi criada, pacientes com câncer fizeram filas e entraram na Justiça para que a USP fornecesse o material, mesmo sem testes sobre sua eficácia, complicações nem regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Do total de R$ 10 milhões, 20% será alocado do orçamento em vigor, de 2015. O restante entrará na conta dos anos de 2016 e 2017. As pesquisas serão acompanhadas por uma comissão que conta com o acompanhamento da Anvisa, das pastas de Saúde e de Tecnologia, além de pesquisadores.
Do Portal JANV/Fonte: Bahia Notícias
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