Estudantes, professores e servidores administrativos da Universidade Estadual de Feira de Santana estão preocupados depois que a instituição divulgou uma nota pública afirmando que a universidade pode suspender as atividades.
Segundo a reitoria, o motivo é a falta de verbas. Os recursos estariam sendo reduzidos desde 2013 pelo governo do estado. De acordo com o Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior, Sintest, a Uefs começou a apresentar problemas financeiros desde junho deste ano.
Os reflexos dessa crise já começou a afetar também os terceirizados. Elson Moura, diretor da Associação dos Docentes da Uefs (Adufs), disse que por causa dos problemas financeiros da universidade, alunos e professores estão sendo prejudicados. “Hoje, essa questão chega em uma condição insustentável e alguns serviços da universidade começam a ser suspensos. Um exemplo disso é a viagem de campo que está suspensa na universidade e pode prejudicar um conjunto enorme de disciplinas que precisam daquela relação entre aquilo que se aprende na universidade e a realidade prática”, relata Moura, diretor da Adufs.
Segundo a nota da reitoria, um dos principais motivos da Uefs passar por esta dificuldade foi a redução de recursos para custeio em investimentos. Enquanto em 2013 a instituição recebeu R$ 55 milhões do Estado, este ano foram R$ 49 milhões. O reitor da universidade, Evandro do Nascimento, conta que procurou várias vezes o governo do estado para reiterar a necessidade de suplementação orçamentária, mas não obteve nenhuma resposta. “Há vários meses, por comunicados oficiais, estamos colocando claramente às diversas secretarias essas dificuldades que estamos enfrentando”, disse o reitor.
A secretaria da Educação do estado informou em nota que reconhece o momento de dificuldade no orçamento, mas que as universidades estaduais têm autonomia para a gestão dos seus recursos e também para redefinir e estabelecer as prioridades dos gastos. Ainda em nota, a secretaria disse que o orçamento deste ano está garantido integralmente. (G1)
Do Portal A Voz do Campo
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