A Yamana Gold disse que estuda a possibilidade de juntar minas que tem no Brasil em uma empresa separada que poderia ser vendida posteriormente aos atuais acionistas. De acordo com o portal Notícias de Mineração, a afirmação partiu do CEO, Peter Marrone, em entrevista ao The Wall Street Journal. O objetivo seria conter o efeito da acentuada queda do preço do ouro sobre as ações da empresa.
Um jornal canadense publicou, em junho, que a mineradora poderia vender alguns de seus ativos no Brasil. Atualmente, a empresa tem quatro minas em operação e dois projetos em andamento no país. As minas são Chapada, Pilar, Jacobina e Fazenda Brasileiro. Os dois primeiros são em Goiás, enquanto os demais são na Bahia. Marrone declarou que esse não seria o melhor momento para uma venda, referindo à possibilidade de o ouro estar na pior fase do ciclo de preços.
No terceiro trimestre, a Yamana registrou baixas contábeis de US$ 635 milhões relacionadas a esses dois projetos, que são Ernesto/Pau-a-Pique, cujo comissionamento foi iniciado em maio deste ano, e C1 Santa Luz.
A mina C1 Santa Luz fica a 180 quilômetros da mina de Jacobina, na Bahia, e tem a meta de produzir 90 mil onças também. A reserva provada e provável da mina é de 1,3 milhão de onças, o que vai dar pelo menos 10 anos de vida útil para o empreendimento. Em setembro, a Yamana colocou o projeto de ouro em manutenção devido à baixa taxa de recuperação de ouro. A mineradora disse que ia iniciar a avaliação de processos alternativos de recuperação metalúrgica, com previsão de conclusão para até o fim de 2015.
Na medida em que o fortalecimento do dólar pressiona o preço do ouro, Marrone diz que investidores não levam em consideração o benefício da desvalorização da moeda de países onde a Yamana opera, como o Brasil, Argentina, Chile e Canadá.
Do Portal Notícias de Santaluz
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