O ano de 2014 começou com uma nova rodada de aversão a risco que derrubou mercados emergentes e atingiu em cheio o Brasil.
A bolsa despencou em janeiro, com a terceira queda seguida do Ibovespa, de 7,51%, aos 47.639 pontos - maior baixa desde junho de 2013 (-11,31%) e a metade do recuo do ano passado inteiro.
Assim, as ações foram a pior opção de investimento do primeiro mês do ano. Considerada a inflação projetada para o período - de 0,75% pelo IPCA - o prejuízo real do Ibovespa é de 8,2% no mês, superado apenas por outros índices da bolsa, como o IBrX50 e o Small Caps.
Na bolsa, a seleção de bons papéis não foi tarefa fácil em janeiro. Das 72 ações que compõem o Ibovespa, apenas dez subiram. E dentre as blue chips, Petrobras PN teve queda de quase 14% e Vale PNA recuou 8,34%.
Para o economista-chefe da distribuidora de fundos on-line Órama, Alvaro Bandeira, como o cenário brasileiro não favorece, a bolsa brasileira só poderia ter subido em janeiro de carona com os mercados acionários americanos. Mas nem eles ajudaram. O índice S&P 500 apresentou queda de 3,6%, enquanto o Dow Jones registrou baixa de 5,3%.
Os ativos que deram o maior retorno no mês foram aqueles alavancados pela onda de aversão ao risco. O destaque foi o ouro, com rendimento nominal de 6,73% (real de 5,93%). A seguir vieram as moedas. O dólar comercial subiu 2,33% e atingiu R$ 2,41, aproximando-se da projeção traçada por analistas para o fim do ano, de R$ 2,45. O euro avançou 1,43% em termos nominais.
A renda fixa praticamente compensou a inflação projetada para janeiro. No entanto, as cadernetas de poupança e os fundos de renda fixa devem perder para o IPCA: as cadernetas devem ter perdas reais de 0,14% e os fundos de renda fixa, de 0,13%.
Do Portal Interior da Bahia/Fonte: Valor
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