Sucesso nos anos 1970 e 1980, principalmente, o tradicional trio elétrico sucedeu a velha fubica criada por Dodô e Osmar, e animou muitos carnavais em Salvador e no interior da Bahia.
Além do famoso Trio Elétrico Dodô e Osmar, outros trios também alcançaram grande sucesso nos carnavais baianos. O principal deles foi o Trio Tapajós, do empresário Orlando Campos, que por muitos anos foi uma referência na música carnavalesca baiana.
“Com o assombro que as novidades exercem sobre um garoto de 14 anos, vi uma nave espacial desfilar pela Avenida Sete num inesquecível e mágico dia do carnaval de 1972. Lembro das formas arrojadas, das luzes, dos vidros verdes deixando transparecer o ambiente tecnológico de onde reluzia um objeto de última geração e desejo: uma tv portátil”, disse o design Pedrinho da Rocha, referindo ao “Caetanave”, uma das criações do dono do trio.
Sobre a importância do trio, ele dá mais detalhes: “Ouso dizer que Seu Orlando, do Trio Tapajós, foi tão importante quanto Dodô & Osmar para a história do Trio Elétrico. A dupla inventou a pequena “fubica” para se divertir, mas foi Seu Orlando Campos quem alimentou e deu musculatura àquela criação. Foi quem desenvolveu as carrocerias de metal para os trios, tornou-os maiores e mais potentes, tornado-o mais atrativo para os patrocinadores”.
Jacuipense
Foi neste trio tão importante que lá pelos meados dos anos 1970 um jacuipense tocou. Renato Oliveira, ou Renatinho, tocou guitarra na micareta de Feira de Santana ao lado do famoso Armandinho, e logo depois foi levado pelo empresário Orlando Campos para o Trio Tapajós.
Nesse período, tocar no Trio Elétrico Tapajós era tão importante quanto um jogador de futebol chegar à Seleção Brasileira. Renato se destacou e poderia ter seguido em frente no meio musical, mas preferiu seguir a carreira de bancário, depois de ter bancado uma banda de forró por alguns anos.
Da redação do Portal Interior da Bahia
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