Na noite desta terça-feira, os sócios do Bahia se reuniram para a Assembleia Geral do clube e aprovou mudanças no estatuto da agremiação.
Enquanto os conselheiros votavam para decidir o futuro do Bahia, do lado de fora da sede de praia do clube, dezenas de torcedores protestavam do lado de fora. Torcedores levaram faixas de protestos com pedidos de saída da atual diretoria, críticas em relação a negociação do meia Gabriel com o Flamengo, e em defesa da proposta que defendia eleições diretas para presidente do clube, sem filtros.
Dentro da sede, a assembleia ocorreu sob um clima tranquilo e terminou o atual grupo político que controla o clube ainda mais fortalecido. As mudanças mais significativas foram a aprovação da eleição direta com filtro e a decisão de que o conselho deliberativo será formado na sua totalidade por membros de um mesmo grupo, o que vencer as eleições. Outra mudança relevante é que membros do Programa Torcedor Oficial do Bahia(TOB) terão a opção de pagar a mensalidade de sócio patrimonial e também participar da vida política do clube.
Diversas proposições foram colocadas em votação. 160 sócios participaram da assembleia. O clube não divulgou o número de sócios aptos a participarem do encontro. A primeira votação definiu o tempo de carência dos sócios para voto no conselho. A proposta colocada pela atual direção previa que os sócios só poderiam com dois anos de associação. No entanto, a proposta mais votada foi a da manutenção de 12 meses como período mínimo para a participação na Assembleia Geral, bandeira defendida pela oposição.
Na segunda votação da noite, os sócios decidiram sobre a ordem das votações para conselho e presidente. Ficou decidido pela manutenção da situação atual, quando o presidente é eleito antes do conselho. A eleição presidencial acontece em dezembro, enquanto a do conselho em janeiro. No entanto, para ser candidato ao conselho é preciso ser sócio há pelo menos 36 meses.
A votação seguinte definiu a mudança da porcentagem de conselheiros para mudança do estatuto e destituição do presidente. A porcentagem que era de 2/3 agora passa a ser de 3/4. Na votação seguinte, os sócios definiriam pela manutenção do número de conselheiros, que permanece em 300. Havia uma proposta, recusada, de mudança para 200 conselheiros.
Na sexta votação ficou definido que haverá um filtro para as eleições presidenciais. Somente dois candidatos poderão ser votados pelos sócios. Outra mudança aprovada é que a partir de agora para se candidatar à presidência do Bahia, o postulante terá que, obrigatoriamente, ter sido eleito por pelo menos dois mandatos para o conselho. Anteriormente era preciso apenas ser sócio por 36 meses.
Também ficou decidido que o sócio que entrar na Justiça contra o clube não será mais excluído do quadro de sócios. Os mandatos para presidente e conselheiros duram três anos. Em dezembro de 2014, o clube deve eleger um novo presidente já sob vigência do novo estatuto, enquanto em janeiro de 2015, um novo conselho será eleito pelos sócios.
De acordo com o presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, o modelo do estatuto aprovado foi inspirado nos estatutos de Grêmio, Internacional e Corinthians. Apesar das críticas da oposição e de torcedores por conta dos “filtros” na eleição presidencial, Guimarães Filho comemorou a mudança no estatuto e lembrou que com isso cumpre mais uma promessa feita na campanha para presidir o clube.
- Estou muito feliz de ter cumprido uma promessa da minha campanha. O sócio do Bahia votará para presidente na próxima eleição. Espero que o torcedor do Bahia busque se associar para fazer o Bahia grande – avaliou.
Do Portal Calila Notícias/Fonte: Globo Esporte
Nenhum comentário:
Postar um comentário