Um homem, apontado como um dos principais operadores de um esquema de fraudes bancárias que movimentou R$ 90 milhões em todo o país, foi preso na manhã desta quarta-feira (10) em Feira de Santana durante uma ação coordenada pelo Ministério Público estadual (MP-BA). Equipes do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do investigado.
Segundo o MP-BA, a prisão faz parte da ‘Operação Mão Fantasma’, deflagrada pelo Ministério Público de Santa Catarina com o objetivo de desarticular três organizações criminosas especializadas em fraudes bancárias. Além da Bahia, as ações ocorrem nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará, visando o cumprimento de 34 mandados de prisão preventiva e 73 mandados de busca e apreensão.
De acordo com o Ministério Público, a investigação começou no final de 2022, após diversos boletins de ocorrência relatarem a subtração de valores de contas bancárias. Os criminosos utilizavam aplicativos de gerenciamento remoto para controlar os celulares das vítimas e realizar transferências ilícitas de valores.
Ainda segundo as investigações, os suspeitos se especializaram em dois tipos de fraudes bancárias: o “mão fantasma (acesso remoto)” e a “falsa central de atendimento”. No primeiro, os criminosos assumem o controle dos dispositivos móveis das vítimas, enquanto no segundo, se passam por atendentes bancários para obter informações e realizar transferências fraudulentas.
Conforme o Ministério Público, as três organizações criminosas são possivelmente responsáveis por pelo menos 255 furtos e estelionatos por meio de fraude cibernética, apenas no estado de Santa Catarina, mas as investigações apontam que há possíveis vítimas em todo o país. Nos últimos dez anos, os suspeitos teriam movimentado cerca de R$ 90 milhões em transações suspeitas.
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