O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta quarta-feira (22) que a economia está no rumo certo e criticou analistas e economistas que estão subindo o tom das críticas à política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“A impressão que dá é que tem um fantasminha fazendo a cabeça das pessoas e prejudicando nosso plano de desenvolvimento”, declarou o ministro da Fazenda, durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.
O ministro citou artigos de jornal que desabonam o plano do governo petista para o desenvolvimento do país. Além de artigos de jornais, economistas proeminentes elevaram as críticas nas últimas semanas depois que o governo anunciou que quer reduzir as metas de superávit das contas públicas.
Essa alteração das metas fiscais permitirá uma ampliação de R$ 160 bilhões em gastos públicos em 2025 e 2026.
Em painel sobre os 30 anos do Plano Real realizado na semana passada, Pérsio Arida, Gustavo Loyola e Pedro Malan avaliaram que o problema dos rombos orçamentários vem desde aquela época, e, infelizmente, ainda permanece em aberto.
A percepção de economistas é de que déficits elevados e recorrentes nas contas públicas dificultam o controle da inflação e elevam a dívida pública – obrigando o Banco Central a elevar a taxa básica de juros, o que compromete o crescimento da economia e a geração de empregos.
Pesquisa realizada pelo Banco Central também mostra uma expectativa do mercado financeiro de crescimento maior da inflação, de expansão menor do Produto Interno Bruto (PIB), de corte menor na taxa de juros e de taxa de câmbio mais alta neste e no próximo ano.
Percepção de Haddad sobre a economia
Para o ministro Haddad, entretanto, as contas públicas estão mais equilibradas, apesar do rombo de R$ 230 bilhões registrado no ano passado e da permissão para gastar mais em 2025 e 205.
Além disso, ele avaliou que a “inflação está totalmente controlada”, com seus núcleos (que excluem choques temporários), rodando abaixo das metas fixadas (3% para os próximos anos, podendo chegar a até 4,5%]), que é, em sua visão, “exigentíssima”.
Do Portal NS/Por g1
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