A partir deste domingo (9), as embalagens de produtos alimentícios passarão por mudanças. A fim de informar o público consumidor de forma eficaz, os rótulos terão uma nova tabela nutricional e a parte da frente ganhará um selo quando o produto tiver alto índice de açúcar adicionado, gordura saturada ou sódio.
Cada nutriente crítico tem uma quantidade aceitável definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O destaque de informações sobre o excesso desses componentes - por estarem associados ao aumento de doenças crônicas como diabetes e obesidade - era cobrado por instituições como a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e outras autoridades do setor.
Na América Latina, o Chile foi o primeiro a se alinhar a essas demandas. Desde 2016 os produtos com excesso dos chamados nutrientes críticos levam um octógono preto como alerta. Canadá, Uruguai, Peru e México já adotaram estratégias similares.
Foto: Reprodução / Anvisa
O novo rótulo é resultado de uma discussão iniciada em 2014. Na época, autoridades e pesquisadores do setor de alimentos se reuniram para debater o assunto. Em 2019, após muitas discussões, abriu uma consulta pública e colheu opiniões também da sociedade civil.
Foram mais de 82 mil contribuições. Analisando essas propostas, estipulou-se um novo modelo de tabela nutricional e instituiu a rotulagem frontal no estilo "Alto em", que indica se o produto possui alta concentração de nutrientes críticos.
Segundo o Viva Bem, do UOL, as decisões foram divulgadas em 2020, quando a Anvisa publicou a Resolução 429, formalizando as definições do órgão, e a Instrução Normativa 75, detalhando como seriam as mudanças na prática.
A exceção são as bebidas não alcoólicas com embalagem retornável, produtos artesanais, alimentos fabricados por agricultor ou empreendedor familiar rural, empreendimento econômico solidário, microempreendedor individual e agroindústria de pequeno porte. Esses terão maior prazo de adequação.
Do Portal Bahia Notícias
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