Foto: Reprodução / Techblog
O governo italiano ordenou o bloqueio do TikTok, depois da morte por asfixia de uma menina de 10 anos. A suspeita é que ela participava de um desafio em que era preciso ficar o maior tempo possível sem respirar, chamado de "Blackout Challege" (desafio do apagão).
Segundo investigadores de Palermo, onde ela vivia, a menina morreu após amarrar um cinto no pescoço, enquanto fazia um vídeo para o aplicativo. A Promotoria da cidade siciliana investiga possível incitação ao suicídio.
O bloqueio na Itália acontece uma semana depois que o aplicativo anunciou novas regras para proteger usuários de 13 a 15 anos, mas, segundo o Fiador (órgão de defesa da privacidade italiano), a rede social precisa demonstrar que é capaz de comprovar a idade dos inscritos e de cumprir a lei italiana (que exige consentimento explícito dos pais para menores de 15 anos) e suas próprias regras, que proíbem acesso a menores de 13 anos.
O Fiador determinou bloqueio até 15 de fevereiro do acesso de usuários cuja idade não possa ser verificada --o que, na prática, inclui todos os 8 milhões de inscritos no país. A multa é de até 4% do faturamento.
O porta-voz da rede social afirmou que a decisão da agência italiana está sendo analisada. "Privacidade e segurança são prioridades máximas e estamos constantemente trabalhando para fortalecer nossas políticas, processos e tecnologias para proteger toda a nossa comunidade e nossos usuários mais jovens em particular", afirmou em nota por e-mail. De propriedade da chinesa ByteDance, o aplicativo se tornou um dos aplicativos mais populares entre jovens no mundo.
A agência italiana já havia aberto um caso contra o TikTok em dezembro de 2019, por não proteger menores de idade. Pelo mesmo motivo, o aplicativo foi multado há dois anos nos EUA.
Os vídeos marcados com a hashtag #blackoutchallenge tinham até esta sexta (22) 24 milhões de visualizações, mas entre os que estão disponíveis na manhã deste sábado não há sugestões explícitas de sufocamento.
O TikTok diz ter removido 104 milhões de vídeos com conteúdo considerado impróprio no primeiro semestre de 2020, segundo o jornal italiano Corriere dela Sera.
Do Portal Bahia Notícias/por Ana Estela de Sousa Pinto | Folhapress
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