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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Ragnarok: Sócio de irmão de Dauster teria recebido R$ 400 mil para intermediar contrato

Ragnarok: Sócio de irmão de Dauster teria recebido R$ 400 mil para intermediar contrato
Foto: Divulgação / Secom
Após problemas para a aquisição de respiradores com origem chinesa, a empresária Cristiana Prestes Taddeo, CEO da HempCate, relatou que uma nova situação envolvendo o negócio surgiu após empresários terem criado um grupo no WhatsApp, onde "facilitadores" participariam do processo de compra dos aparelhos. Como não conseguiu comprar os equipamentos da China, ela afirma que recebeu o dinheiro através de Carlos Kerbes, sócio do irmão do secretário Bruno Dauster – cujo nome não foi mencionado no depoimento - que intermediava a compra no país asiático. 

Como a empresa chinesa não possuía certificado da Anvisa para os respiradores, a HempCare teria pago R$ 400 mil para Kerbes, intermediar o contato com a fornecedora asiática. Revelando então que os respiradores teriam problemas nas "válvulas pneumáticas", necessitando de reparos para a validação na Anvisa. 

Dauster então teria sugerido aumentar o valor do contrato, saltando de 23 mil dólares para 27 mil dólares, e depois para 35 mil dólares. Com a negativa da empresária (lembre aqui).

Depois das conversas com esse grupo de empresários e dos problemas com a aquisição dos respiradores na China, Cristiana decidiu comprar respiradores nacionais. Ela teria pactuado a readequação no contrato firmado para aumentar para 480 respiradores, já que o valor seria menor. Mesmo sem ainda ter acontecido os produtos, Dauster pediu para a empresária mais 300 respiradores nacionais, o que, segundo ela, foi vetado após o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, afirmar em seu Twitter que nenhuma empresa brasileira teria a validação. Dauster então teria enviado uma mensagem: "Amiga, errei, o BR2 [respirador brasileiro] não foi aprovado".

Então a empresaria ficou preocupada. Segundo ela, o pagamento pelos respiradores já teria sido feito e Dauster voltado atrás com o pedido. Ela diz que jamais afirmou que iria entregar os equipamentos no mesmo momento, além de ter sido envolvida na doação de respiradores para a prefeitura de Araraquara-SP.

Segundo ela, Carlos Gabas seria irmão do prefeito da cidade, e que precisaria de 30 equipamentos, porém não teria verba e o pedido teria vindo implícito. Após um período, a Procuradoria da Prefeitura de Araraquara teria pedido que ela assinasse um termo de doação dos respiradores, já que existia uma notícia de que a prefeitura teria comprado os equipamentos e eles não teriam sido entregues.

Do Portal Bahia Notícias/por Mauricio Leiro / Lucas Arraz / Matheus Caldas / Cláudia Cardozo / Breno Cunha

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