Mais de um ano após o Ministério Público da Bahia estabelecer que as escolas públicas de Serrinha, Teofilândia, Biritinga e Barrocas deveriam ter cardápio vegano, o tema voltou à tona.
Isso porque a promotora Leticia Baird, criadora do programa, disse que as crianças devem comer carne "em casa com o seu dinheiro, pois aqui estamos falando de recurso público". A afirmação controversa foi feita durante entrevista à Gazeta do Povo.
Por conta da determinação do MP, as escolas estão retirando carnes, ovos e leite do seu cardápio e substituindo por pasta de amendoim, pão vegano, carne de soja, entre outros. O objetivo é retirar da alimentação escolar, nos próximos anos, 100% de qualquer fonte de proteína animal daqueles quatro municípios baianos.
As cidades afetadas estão entre os Índices de Desenvolvimento Humano mais baixos do estado. Em entrevista ao Washington Post, a diretora do Conselho de Alimentação Escolar de Serrinha, Ariane Souza Santiago da Silva, contou que o programa "não foi uma escolha, mas uma imposição, não houve debate público, nem votos, apenas um anúncio de que as coisas iriam mudar".
A promotora, que também é ativista e atua em defesa dos animais, é a favor da alimentação vegana para proteger o meio ambiente e reduzir custos da administração pública. "Se uma alimentação à base de vegetais é mais barata financeiramente, custa menos para o meio ambiente e fornece igual suporte nutricional, por que o governo vai ter que comprar carne?", frisou.
"Aquecimento global tá aí, emissão de gases do efeito estufa está aí, e qual é hoje a maior fonte de degradação ambiental atrelada a aquecimento global e gases poluentes? Sistema de produção alimentar", defendeu.
Do Portal Clériston Silva
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