Foto: Divulgação
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (11) que o governo federal irá alterar o formulário de solicitação de passaportes.
Em café da manhã com a bancada evangélica, ele afirmou que nos campos relativos à filiação do requerente serão substituídas as palavras "genitor 1" e "genitor 2" por "pai" e "mãe".
Em 2017, a Polícia Federal adotou o termo "genitor" para contemplar novas formações familiares, como as compostas por casais homoafetivos.
"O nosso Palácio do Itamaraty aqui, que tem à frente o embaixador Ernesto Araújo, em nosso passaporte, nós estamos acabando com a história de genitor 1 e genitor 2, estamos botando os termos pai e mãe", disse.
No mesmo encontro, o presidente disse que, na candidatura à reeleição no Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil adotará pauta baseada na "exclusão das menções de gênero".
"Nós estamos disputando na ONU nossa candidatura à reeleição no Conselho de Direitos Humanos, e a nossa pauta é baseada no fortalecimento das estruturas familiares e a exclusão das menções de gênero."
A iniciativa de alterar a solicitação do passaporte não é a primeira tomada pelo Ministério das Relações Exteriores no combate às discussões de gênero.
Recentemente, diplomatas brasileiros receberam instruções oficiais para que, em negociações em foros multilaterais, reiterem "o entendimento do governo brasileiro de que a palavra gênero significa o sexo biológico: feminino ou masculino".
A teoria de gênero, reconhecida academicamente, estabelece que gênero e orientação sexual são construções sociais, e não apenas determinações biológicas.
Já para segmentos da direita, a "ideologia de gênero" é um ataque ao conceito tradicional de família.
O termo "ideologia de gênero" foi criado pela Igreja Católica e citado pela primeira vez em 1998, em uma nota da Conferência Episcopal do Peru. Ele acabou adotado por grupos de direita.
Do Portal Bahia Notícias/por Gustavo Uribe / Folhapress
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