Dois times de astrônomos baseados nos Estados Unidos e na Holanda apresentaram, nesta quinta-feira (10/1), em um artigo publicado na revista especializada Nature, provas de que um objeto ainda não identificado, a 3 bilhões de anos-luz da Terra, tem emitido repetidamente pulsos de rádio rápidos (FRBs, na sigla em inglês).
Embora os cientistas acreditem que a explicação mais provável seja a de que o sinal é resultado da rotação de uma estrela, eles não descartam a possibilidade de se tratar de um pulso emitido por seres alienígenas. “Não podemos descartar completamente a hipótese de os FRBs, de maneira geral, serem produzidos por ETs”, afirmou, em um comunicado à imprensa, Vishal Gajjar, astrônomo da Universidade de Berkeley, em São Francisco, que liderou um dos times que assinam o estudo.
A afirmação de Gajjar se deve ao fato de que os FRBs serem pulsos de rádio vindos de lugares distantes do Universo e de fontes desconhecidas. A única coisa que os cientistas podem fazer atualmente é observar as características desses sinais e elaborar hipóteses para o que os provocam.
O que torna as observações descritas na Nature ainda mais intrigantes é que, pela primeira vez, um mesmo ponto do Universo — batizado de FRB 121102 — repete a emissão do sinal. Em outras palavras, FRBs vindos de outros locais já foram captados na Terra, mas nunca vindos, repetidamente, de um mesmo lugar.
Estrela de nêutron
Embora a hipótese alienígena empolgar especialmente aqueles que esperam pela comprovação de vida alienígena inteligente, essa explicação é considerada a menos provável pelos autores da pesquisa.
Para os cientistas, uma estrela de nêutron fortemente magnetizada próximo a um buraco negro seria capaz de emitir tais pulsos. “Mas, nesse estágio da pesquisa, ainda não sabemos com certeza o mecanismo. Ainda há muitas questões que não entendemos. Por exemplo: como uma estrela de nêutron em rotação consegue produzir tanta energia?”, apontou Gajjar. (Fonte: Correio Braziliense / foto: Danielle Futselaar/Divulgação).
Do Portal Interior da Bahia
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