Uma portaria publicada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) pode reduzir repasses federais para 52 cidades baianas a partir de janeiro de 2019. A medida altera o tamanho da fatia que cada uma delas tem no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal fonte de receita das médias e pequenas cidades, com base na recente estimativa populacional divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em todo o Brasil, 135 municípios tiveram o número de moradores reduzido pelo IBGE e estão ameaçados de receber menor quantidade dinheiro no ano que vem. Na Bahia, 55 cidades integravam a lista de corte, mas três judicializaram o caso e conseguiram decisões favoráveis. São elas: Amargosa, Heliópolis e Adustina. O TCU é o órgão responsável por definir os coeficientes do FPM. Entre os municípios baianos afetados pela portaria, estão Barreiras, Euclides da Cunha, Jequié, Santo Antônio de Jesus e Serrinha.
Em Filadélfia, cidade situada no Centro-Norte baiano, o coeficiente do FPM caiu de 1,2 para 1,0 na nova portaria do TCU. Em valores absolutos, a queda será de aproximadamente R$ 300 mil por mês. “Vamos ter que demitir, tirar benefícios dos servidores, sem falar em investimentos que não temos como fazer”, disse o prefeito de Filadélfia, Louro Maia (DEM). As cidades ameaçadas de perder recursos depositam esperança na aprovação, pelo Congresso, de um projeto de lei que pode suspender a redução de receita.
O Senado marcou para a próxima terça-feira a análise da proposta que congela o coeficiente do FPM até que o IBGE realize um novo Censo, previsto para 2020. Com a iminente queda de receita nas cidades, o presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro (PSD), pediu ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que vote o projeto. “A expectativa é ótima, pois prefeitos cobram seus deputados e senadores”, disse.
Do Portal CS
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