Por 30 votos a 8, a bancada do PSD decidiu nesta quarta-feira orientar a votação a favor no impeachment de Dilma Rousseff . A decisão complica ainda mais a situação da presidente. O ministro Gilberto Kassab (Cidades) participou do início de reunião dos deputados pela manhã, mas não foi anunciado ainda se ele deixará o cargo imediatamente.
Ele saiu sem falar com a imprensa. Kassab disse aos correligionários que respeitaria a decisão dos parlamentares, mas não deixou explícito se isso significaria um desembarque da legenda do governo.
O PP e o PR já haviam indicado que a minoria de suas bancadas votará contra o impeachment. O PP, aliás, deixou formalmente a base e o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, apresentou carta de renúncia nesta quarta.
A quatro dias da votação final do impeachment na Câmara, a presidente Dilma Rousseff resolveu fazer uma pressão, pessoalmente, sobre parlamentares que ainda apoiam o governo a fim de assegurar os votos que o governo acredita que pode contar.
Pela primeira vez, o Palácio do Planalto passou a admitir, nesta quarta-feira, em sua contabilidade, que não tem o número necessário para barrar o impeachment. Embora a versão oficial seja de que o governo conta com cerca de 200 votos, reservadamente auxiliares da presidente que participam da articulação política junto ao Congresso podem contabilizar com segurança apenas 160 votos, ou seja, 12 a menos do que o necessário para impedir o impeachment no plenário da Câmara.
Também nesta quarta-feira, líderes da oposição contabilizaram 349 votos, sete além do que exige o regimento para aprovação da admissibilidade do impeachment. De acordo com o mapa da oposição, o governo conta hoje com 127 votos contra o impedimento e 37 deputados ainda estão indecisos.
Do Portal NS, com informações de O Globo
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