Reduzida ao canto do noticiário pelas revelações do senador Delcídio de Amaral (PT-MS), a delação premiada do ex-deputado federal Pedro Corrêa, o outrora todo-poderoso do PP de Pernambuco, tem poder para provocar um estrago e tanto na cúpula do partido no estado.
Informações obtidas pela coluna Satélite, do Correio, junto à força-tarefa da Operação Lava Jato apontam que, na lista de revelações feitas por Corrêa a membros da Procuradoria-Geral da República e delegados da Polícia Federal do Paraná, constam referências diretas ao ex-ministro das Cidades Mario Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios e um dos investigados por suspeitas de envolvimento do escândalo de corrupção na Petrobras.
Condenado pelo mensalão e preso pela Lava Jato, Corrêa citou Negromonte ao detalhar entregas de pacotes de dinheiro para políticos pepistas, encontros com operadores de propina em residências funcionais de Brasília e visitas ao doleiro Alberto Youssef em São Paulo. Mario Negromonte sempre negou qualquer participação no esquema de distribuição de propinas e, em diversas manifestações à imprensa, garantiu que sua inocência será provada ao fim das apurações.
No entanto, investigadores garantem que os relatos de Pedro Corrêa se somam ao conteúdo dos depoimentos de outros quatro delatores: o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, o entregador de malas do doleiro, Rafael Ângulo Lopes, e o empresário Frank Abubakir. Há também denúncias contra outros dois deputados federais baianos, cujos nomes não foram revelados à Satélite.
Do Portal NS
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