Doze pessoas, entre elas dois policiais, morreram nesta quarta-feira (7) em um ataque com fuzis de assalto e lança-foguetes contra a sede da revista satírica Charlie Hebdo, localizada em Paris, informaram fontes ligadas ao caso. Segundo o portal francês "Le Point", o editor da revista, Charb está entre os mortos.
"É um atentado terrorista, não há dúvida", disse o governante francês, François Hollande, que se dirigiu à sede da revista. "Há onze pessoas mortas" e quatro feridos "em situação de urgência absoluta", disse. O presidente convocou uma reunião de crise no palácio presidencial para as 11h (Horário de Brasília). As autoridades também anunciaram que a região parisiense foi colocada em estado de alerta máximo.
Os homens que efetuaram os disparos gritaram "Vingamos o Profeta" e "Alá é o maior", de acordo com informações da polícia francesa. Em vídeo publicado por um jornalista francês que trabalha em um prédio próximo ao local do ataque, é possível ouvir tiros e gritos.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, reagiu condenando este ataque terrorista revoltante, e expressou solidariedade com a França na luta contra o terrorismo.
"Os assassinatos em Paris são revoltantes. Estamos ao lado do povo francês na luta contra o terrorismo e na defesa da liberdade de imprensa", declarou Cameron em sua conta no Twitter. O site da revista está inacessível neste momento.
Histórico
Sempre polêmica, a revista gerou uma grave crise, em 2012, quando publicou charges do profeta Maomé. Na época, autoridades francesas chegaram a enviar a polícia para proteger os escritórios da publicação e fechou embaixadas, escolas e consulados em cerca de 20 países durante um dia de orações no mundo árabe. No ano anterior, após publicar outra charge polêmica sobre o mundo muçulmano, a sede da revista foi atacada e seus editores passaram a viver sob proteção policial.
Para o Islã, qualquer representação de Maomé é considerada um pecado. Em 2005, caricaturas dinamarquesas do profeta provocaram uma onda de protestos violentos em todo o mundo muçulmano, matando pelo menos 50 pessoas.
Nova polêmica
Por volta das 9h (horário de Brasília) - ou seja, depois do atentado -, foi publicada no Twitter da "Charlie Hebdo" uma imagem de Al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico. O texto diz "Os desejo de Al-Baghdadi... principalmente saúde". A foto vem acompanhada da legenda "Muitas felicidades, de fato".
Repercussão
Jornalistas e populares foram às redes sociais para contar sobre o que viram e estão acompanhando após o atentado.
Uma foto mostra uma viatura da polícia que foi atingida por tiros. Dois policiais morreram. Outra publicação, feita por volta das 10h15 (de Brasília), mostra a concentração de jornalistas e curiosos nas proximidades do prédio. (Informações de agencias).
Do Portal Interior da Bahia
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