"Sentimento de amor" é assim que o paciente Djair Brandão explica a atitude do irmão caçula, que saiu de Campina Grande, na Paraíba, para doar a medula para ele, em Salvador.
Djair descobriu que estava com leucemia no início deste ano, através de exames de rotina. A leucemia é um tipo de câncer que atinge a medula óssea, prejudica a produção de células sanguíneas e no caso de Djair, o transplante de medula é a única chance de cura para ele.
Do total de oito irmãos, apenas Gláucio Brandão foi 100% compatível com Djair. Uma situação de sorte, já que encontrar um doador na família só acontece em 35% do total de casos. "É inexplicável o sentimento que você sente assim de querer ajudar", conta Gláucio.
O procedimento para a coleta de células tronco não traz riscos, conforme conta o coordenador do programa de transplante de medula óssea da Bahia, Marco Aurélio Salviano.
"Nós temos no organismo uma quantidade de células tronco que ficam constantemente produzindo mais células e mais sangue o tempo inteiro. Então, você pode usar isso e não faz falta, isso regenera, então essas células tem uma capacidade contínua de produção. No outro dia ele [doador] já está voltando as suas atividades, não tem contra indicação nem muito problema para o doador", explica.
De janeiro até setembro deste ano foram feitos 38 transplantes de medula em todo o estado. Mas, na fila de espera, até julho deste ano, estavam 25 pacientes que ainda não tinham doador compatível.
"A gente espera que mais pessoas entrem na campanha como doadores, para mostrar o amor humano de se doar a alguém", disse Djair.
Do G1 BA
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