Desde que
adotou a regulação do comércio de maconha, o Uruguai não registra nenhuma morte
decorrente do tráfico do entorpecente. A informação foi transmitida pelo
secretário nacional de drogas do país, Julio Heriberto Calzada, durante debate
da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa no Senado, nesta
segunda-feira (2).
Segundo o ministro, as mortes ligadas ao uso e ao comércio da
maconha chegaram a zero depois que foram adotadas regras para regulamentar o
cultivo e a venda da droga. Calzada não descartou um aumento de usuários com a
possível regulamentação no Brasil, mas acredita que a combinação com políticas
públicas, em aspectos culturais e sociais, poderão modificar padrões de consumo
e levar ao êxito na redução de usuários.
No Uruguai, é assegurado o acesso legal à maconha por meio de
autocultivo, com até seis pés por cada moradia; em clubes de cultivo, com 15 a
45 membros; ou pela aquisição a partir de um sistema de registro controlado
pelo governo. Calzada disse ainda que países que pretendem regulamentar a
maconha devem ter em conta que as substancias – tabaco, maconha, heroína,
cocaína – não são iguais e devem ser analisadas em suas particularidades. No
Uruguai, segundo ele, as ações são baseadas em evidências científicas.(Agência
Senado).
Do Portal A Voz do Campo
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