O prefeito ACM Neto (DEM) já teria sido convencido por caciques do democratas e do PSDB a apoiar o ex-governador Paulo Souto em detrimento de Geddel Vieira Lima (PMDB).
A avaliação era feita ontem por lideranças do Democratas, sensibilizados com o pedido de Geddel para avaliar a situação, depois que confirmou, por meio de uma conversa com o prefeito ACM Neto (DEM) na última terça-feira, que Souto seria escolhido para disputar o governo. A ideia do DEM continua sendo a de entregar a Geddel a candidatura ao Senado, formando com Souto ao governo e o ex-prefeito de Mata de São João, João Gualberto, à vice, uma chapa que democratas e tucanos continuam considerando imbatível para disputar o governo baiano.
O democrata revelou que manterá diálogo com os representantes das legendas e sexta iria afinar detalhes da composição. “Não há decisão tomada, isso é fato. No entanto, óbvio, eu já estou preparado para, depois de conversas que vão acontecer ainda hoje, e ao longo do dia de amanhã, tomar uma posição”, declarou. Correligionário de Souto, Neto não negou a escolha do aliado, mas preferiu não falar em predileção. “Eu não vou manifestar preferência. As pessoas vão saber qual é a minha posição no momento certo.
Poderá ser amanhã ou, se por acaso até o fim do dia de amanhã os partidos pedirem mais algum tempo, eu posso considerar esse pedido”, admitiu. Informações do Palácio Thomé de Souza dão conta de que a data-limite é o dia 8 de abril, próxima terça-feira, quando é aguardada a realização de uma entrevista coletiva para falar de eleições.
Pelo que se desenhou na quarta (2), no cenário sem Geddel, a chapa teria Paulo Souto (governador), João Gualberto, do PSDB (vice), e Célia Sacramento, pelo PV (senadora). Caso o peemedebista resolva ingressar, ele terá a preferência de escolher a posição e os verdes deixam a majoritária.
apurou que o democrata avalia a possibilidade de postergar o evento. A medida seria para ganhar tempo de convencer Geddel Vieira Lima (PMDB) – que perdeu a disputa para Souto, após análise de “critérios objetivos” estabelecidos em pesquisas – a integrar o grupo e aguardar o seu posicionamento.
O peemedebista, que foi a Brasília na quarta (2), ainda não foi comunicado da decisão pelo coordenador do processo de escolha, mas já prepara a fundamentação pragmática para nortear o papel que desempenhará na campanha. Ele também encomendou consultas para avaliar se o seu ímpeto de lançar voo solo – ao lado do PSC – tem chance de êxito.
Caso os números comprovem que não tem lastro suficiente para chegar ao Palácio de Ondina – ou pior, ser responsabilizado por uma hipotética vitória de Rui Costa (PT) –, o ex-ministro da Integração poderá se candidatar a deputado estadual ou até mesmo aceitar a proposta de Neto, que o quer na disputa pelo Senado. Caso não acate o convite, o prefeito já tem uma solução: nesta quarta ele pediu à executiva do PV que aguardasse o desfecho porque gostaria de ter o partido como integrante da chapa majoritária. Ou seja, se não der Geddel, a vice-prefeita Célia Sacramento será a concorrente de Otto Alencar (PSD) e Eliana Calmon (PSB).
A rejeição de Paulo Souto, conforme a aferição, também é menor. Contudo, os peemedebistas acreditam na “novidade” Geddel. O cacique do PMDB nunca foi governador e, portanto, não tem dados para comparar. Os petistas, espectadores, esperam colocar as planilhas debaixo do braço para mostrar como a atual gestão é melhor que as anteriores.
Ainda há expectativa de que o ex-ministro Geddel Vieira Lima possa integrar a chapa do democrata Paulo Souto à sucessão estadual.
Redação: CN*Informações: Agências
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