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sábado, 22 de março de 2014

Aliança: Aproximação de Eduardo Campos e Aécio Neves preocupa Lula

O PT e o ex-presidente Lula estão assustados não só com o tom adotado pelo pré-candidato do PSB ao Palácio do planalto, governador Eduardo Campos (PE), ex-aliado do governo, mas também com seu alinhamento com o presidenciável do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

O assunto foi discutido na reunião do Diretório Nacional petista, anteontem, durante a análise da conjuntura política. “Ele só não vai mais para a direita porque a Marina (Silva) segura”, disse um dirigente do PT, após a reunião.

Campos endureceu os ataques à presidente Dilma Rousseff nos últimos dias. No último domingo, na reta final da reforma ministerial, ele afirmou que a presidente “distribui cargos como se estivesse distribuindo bananas e laranjas”.

O socialista tem batido sobretudo na condução da economia, afirmando, por exemplo, que o governo está mantendo a inflação sob controle artificialmente. Campos disse recentemente que o Brasil “não aguenta mais quatro anos com a presidente Dilma” e que o governo estaria deixando sumir pelo ralo as conquistas obtidas no governo Lula.

Em um primeiro momento, o ex-presidente Lula, de quem Campos foi ministro e era muito próximo, tentou demovê-lo da pré-candidatura, acenando com o apoio do PT a seu nome nas eleições de 2018.

Depois que o projeto de Campos de disputar a presidência da República ficou irreversível, o PT e Lula mantinham uma política de boa vizinhança com o ex-aliado, de olho em uma aliança em eventual segundo turno. Com a escalada de ataques feitos por Campos ao governo e sua aproximação com Aécio, esse plano inicial está fora de cogitação.

A pré-candidatura de Campos assusta mais o Palácio do Planalto do que a do tucano. Para o PT, o melhor cenário seria uma eleição polarizada, mais uma vez, com o PSDB, fazendo a comparação dos governos petistas com o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O maior temor no PT é de um segundo turno com Campos, já que ele herdaria os votos de Aécio.

O PT vê com preocupação o cenário eleitoral que se avizinha, principalmente o embate com dois ex-ministros do governo Lula _ Campos e Marina Silva, que deve ser sua vice. Nas análises internas feitas pelo comando informal da campanha de Dilma, a avaliação é que Campos é mais competitivo, sendo melhor de debate e com um discurso mais atraente do que o tucano. (Informações de O Globo).

Do Portal Interior da Bahia

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