O evento de oficialização do apoio do PDT à candidatura do secretário da Casa Civil do estado, Rui Costa (PT), ao governo da Bahia, nas eleições de outubro, que estaria marcado para acontecer no dia 17, na capital baiana, ainda vai depender da conjuntura das próximas conversas entre as lideranças do partido e o governador Jaques Wagner (PT), condutor do processo.
Diante da incerteza do cenário, já que o PDT disputa com o PP a vaga de vice na chapa do postulante à sucessão de Wagner, o ex-ministro e presidente nacional da sigla deve ter um diálogo sobre o assunto com o chefe do Executivo baiano às 17h da próxima quarta-feira (8). O líder pedetista virá à Bahia para tentar emplacar o espaço do partido na composição.
“Já tenho uma conversa marcada com o governador. Vamos conversar sobre quadro regional e a possibilidade de aliança”, disse Lupi para a reportagem do jornal Tribuna da Bahia. Lupi confirmou o que já se conjecturava nos bastidores sobre os critérios para a adesão à candidatura petista. “Confirmar o nosso apoio vai depender muito de garantirmos a nossa vaga à majoritária, pois temos um senador que é o João Durval”, disse se referindo também ao peso do partido que se colocou até o momento com a postulação do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), ao governo. Nilo viajou por todo o estado e investiu nas estratégias de marketing e de aproximação com o eleitorado, com propagandas na TV e no rádio e dezenas de entrevistas a fim de viabilizar um espaço maior dentro do cenário, mas essa conquista ainda não foi afiançada.
Nilo acredita na escolha de seu nome
Os próprios pedetistas baianos chegaram a mencionar a realização do ato de apoio, porém deram um passo para trás ao notarem que ainda não houve um desfecho favorável. Além disso, deve haver uma expectativa sobre as mudanças que ocorrerão na equipe da gestão estadual com a desincompatibilização dos secretários que irão disputar as eleições. Do PDT sai o secretário de Ciência e Tecnologia, Paulo, que vai disputar mais uma vez a cadeira da Assembleia Legislativa. Com isso, a tendência é que o partido faça uma nova indicação. Apesar da indefinição, Nilo acredita na escolha de seu nome para vice na chapa de Rui, porém sem o mesmo clima de certeza de antes. “Eu acho que vou ser convidado, mas ele (Wagner) ainda não garantiu”, disse ontem, sem querer ampliar muito o diálogo.
Recentemente, o presidente da Assembleia formulou um comparativo, diante da imprensa, para mostrar que o PDT tem força para ganhar o espaço do PP dos deputados federais João Leão e Mário Negromonte. “Eles têm cinco deputados estaduais, nós também temos cinco. Eles têm três federais, nós temos dois. O PP tem um suplente de senador, o PDT também tem. O PP tem 54 prefeitos e nós temos 45 prefeitos, mas sozinho tenho o apoio de mais de 20 prefeitos de vários partidos, DEM, PMDB e do próprio PP. Temos um senador da República, João Durval, e ainda temos o presidente da Assembleia. Será que somos mais fracos?”, provocou.
Mas, há quem diga que ele pode voltar atrás e estuda renovar o mandato para a Assembleia Legislativa, já que reitera não ter afeição pela Câmara Federal. Outra possibilidade seria a de esperar a vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), questão que ele também já descartou, mas diante do jogo aberto, qualquer mudança pode surgir. A reportagem não conseguiu contato com o presidente estadual da sigla, o deputado federal Félix Mendonça, que deve participar também das negociações com o governador. Extraído na íntegra da Tribuna da Bahia.
Do Portal Jornal da Chapada/FOTO: Reprodução/Ilhéus 24h
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