O Partido dos Trabalhadores, que comemorou 33 anos de fundação esta semana e ratificou que deve ser a “força motriz” de uma aliança política que deve permanecer em 2014, terá um desafio que as principais lideranças querem superar nos próximos meses: escolher o nome petista que será trabalhado para suceder o governador Jaques Wagner (PT).
Uma resolução do partido confirmou que existem quatro pré-candidatos: os secretários estaduais do Planejamento, José Sérgio Gabrielli e da Casa Civil, Rui Costa, o senador Walter Pinheiro e agora o ex-prefeito de Camaçari e ex-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Luiz Caetano, que fez questão de demarcar seu espaço ao dizer esta semana que vai brigar para convencer os correligionários.
O documento aponta 2013 como um ano estratégico para o fortalecimento da legenda no âmbito nacional e estadual e traz os encaminhamentos para a condução dos processos políticos com vistas ao pleito do próximo ano.
O ex-presidente da UPB, último a entrar oficialmente na lista da Executiva estadual, comemorou essa confirmação. Após ter seu nome no rol dos possíveis postulantes, Caetano contou que foi acertada uma agenda regional de eventos em que ele pretende participar. “Nós festejamos essa resolução, e ontem (quinta-feira à noite) mesmo eu fiz reuniões com diversas representantes do PT da Região Metropolitana”, disse ontem.
Demonstrando que deve seguir no ritmo de conversas, Caetano contou que já marcou um encontro com o presidente estadual do partido, Jonas Paulo, e que na próxima semana vai iniciar uma agenda de viagens ao interior. “Vou me encontrar com dirigentes petistas no Estado, assim como estou me encontrando com o prefeito Alan, do município de Brejões”, afirmou,enfatizando que já recebeu o apoio do candidato a prefeito de Muquém do São Francisco, Evandro Guimarães (PT). Ele deve participar do comício do postulante na próxima semana. A eleição na cidade será no dia 7.
Em estratégia contrária, Gabrielli não evidencia o projeto de candidatura. Em conversa recente com a reportagem da Tribuna, ele tangenciou ao falar apenas que o “PT tem direito e legitimidade de apresentar o candidato”, e frisou que ainda era cedo para discutir quem será o candidato. Nessa sexta-feira (22), em entrevista ao Site Bocão News, o secretário repetiu que “o debate de quem vai ser o candidato é precipitado”.
O secretário Rui Costa, que, conforme bastidores, seria o preferido do governador Jaques Wagner, segue a mesma estratégia de falar sobre o assunto. Procurado, através de sua assessoria, ele disse que 2013 seria um ano de “muito trabalho”.
Em conversa recente com a reportagem da Tribuna, ele disse que já havia expressado mais de uma vez que esse não seria o momento de debater eleições de 2014. ‘Entendo que 2013 é a hora de afirmar e materializar esse projeto político, que vem dando certo”, completou.
Diante de quatro perfis com táticas diferentes sobre o projeto de 2014, o dirigente petista Jonas Paulo disse que o método de decisão será o de ouvir cada um e o de dialogar com as forças aliadas. “Nós vamos dialogar com cada um deles, com a direção nacional do PT, com o governador, com o ex-presidente Lula, com a presidente Dilma Rousseff, e buscarmos uma solução consensual”, afirmou.
Embora os pré-candidatos já estejam em clima de briga por espaços, com tentativas de aproximação do eleitorado, Jonas disse que não existe perspectiva de disputa interna. “É um processo de construção da candidatura no mais amplo acordo possível, sob a liderança do governador”, frisou.
Do Portal AL Notícias/Fonte: Tribuna da Bahia
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