Após passar dois anos como juiz substituto das Varas Crime, Infância e Consumidor na Comarca de Santo Estevão, o juiz José Brandão, pioneiro em adotar a medida protetiva do Toque de Acolher na Bahia, foi transferido para a Comarca de Maracás - Ba.
Além da mudança do magistrado Brandão, o Tribunal de Justiça da Bahia transferiu também 64 juizes.
Como vai ficar o Toque de Acolher? O próximo juiz tem que continuar, pois foi um trabalho que trouxe resultados para a região. Esses são alguns dos questionamentos da população de Santo Estevão, a qual durante o período de jurisdição do magistrado na Comarca sempre se mostrou parceira das medidas adotadas pelo Judiciário.
Famílias
Para a dona de casa Solange de Souza, o trabalho do juiz José Brandão na Comarca de Santo Estevão ficou caracterizado como ação social. “ Eu vejo que o trabalho do juiz na cidade foi melhor do que muitas secretaria de ação social, isso porque a gente sempre via os resultados positivos, os frutos do trabalho dele e tudo que foi feito, sempre tinha a intenção de ajudar as famílias e de modo particular proteger os menores”, avaliou.
Para alguns pais de família de Santo Estevão, a transferência do juiz Brandão de Santo Estevão poderá ser prejudicial para as famílias. “Com o trabalho implantado pelo doutor Brandão, a gente percebe que as coisas mudaram e ficaram mais tranqüilas, os filhos passaram a respeitar mais os pais, quem não gostava de ir para a escola, passou a ir com medo de receber alguma intimação e ser chamado pelo juiz”, observou a mãe de família Marly Cruz, acrescentando ainda que, “tomara que o próximo juiz que trabalhe no lugar dele continue com os mesmo trabalhos”, espera a mãe.
José Brandão Neto confirmou a transferência e disse que está indo para a comarca da cidade de Maracás. “Lá continuaremos nossa luta, implantando o toque de acolher para que os jovens possam ter uma vida tranquila, distante da violência”, afirmou.
Revolta entre os magistrados
A decisão do Tribunal de Justiça da Bahia de remover 65 juízes de comarcas do interior do estado causou revolta entre os magistrados, que atuam na condição de substitutos e não titulares. As mudanças pegaram todos de surpresa.
Com informações de Clécia Rocha - Assessoria do magistrado
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