Helder aparece na ladeira, Thiego acompanha, os dois conversam. Galaço no domingo, seria um bom dia pra interromper a caminhada do volante até o gramado e propor uma entrevista. E aí, Helder, umas perguntinhas rapidinho? “Vou não. Eu não…”, disse, assustado com o convite e apressado na negativa.
Uma leve insistência, um novo não. O piauiense, titular com todos os técnicos desde sua chegada ao Bahia, em junho do ano passado, não curte essa de aparecer. A única passagem dele pela sala de imprensa do clube foi no dia da apresentação oficial. Aos 26 anos, o volante não esconde a timidez, titular também com os colegas jogadores.
“Ele é assim mesmo, sempre caladinho. Às vezes, a gente pede uma palavra dele, ele evita, mostra dentro de campo”, fala o goleiro Omar, que convive com Helder desde a caminhada do acesso à Série A. E Helder não mudou.
Caladão
A confiança do clube pelo futebol do volante não é tímida. Em novembro, Helder teve o contrato renovado até o final de 2013, igualmente a Ávine, ídolo revelado nas divisões de base.
Só este ano, Helder jogou em oito dos dez jogos do Bahia na temporada. Fez aquele golaço de fora da área, o último da goleada de 4×0 sobre o Fluminense de Feira, domingo, no Joia, e é intocável pelo técnico Vagner Benazzi.
“Pela sua qualidade, não iria custar pra ele falar uma vez por semana com vocês. Vou tentar convencê-lo”, brinca o atacante Jones, que se espanta com o estilo caladão do companheiro. “Eu percebi desde meus primeiros dias aqui”, comenta. Deixa lá. Helder não fala, mas joga.
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