quarta-feira, 2 de março de 2011

Helder joga bem, às vezes faz gol, mas nunca pisa na sala de imprensa do Bahia

Helder aparece na ladeira, Thiego acompanha, os dois conversam. Galaço no domingo, seria um bom dia pra interromper a caminhada do volante até o gramado e propor uma entrevista. E aí, Helder, umas perguntinhas rapidinho? “Vou não. Eu não…”, disse, assustado com o convite e apressado na negativa.

Uma leve insistência, um novo não. O piauiense, titular com todos os técnicos desde sua chegada ao Bahia, em junho do ano passado, não curte essa de aparecer. A única passagem dele pela sala de imprensa do clube foi no dia da apresentação oficial. Aos 26 anos, o volante não esconde a timidez, titular também com os colegas jogadores.

“Ele é assim mesmo, sempre caladinho. Às vezes, a gente pede uma palavra dele, ele evita, mostra dentro de campo”, fala o goleiro Omar, que convive com Helder desde a caminhada do acesso à Série A. E Helder não mudou.

Caladão

A confiança do clube pelo futebol do volante não é tímida. Em novembro, Helder teve o contrato renovado até o final de 2013, igualmente a Ávine, ídolo revelado nas divisões de base.

Só este ano, Helder jogou em oito dos dez jogos do Bahia na temporada. Fez aquele golaço de fora da área, o último da goleada de 4×0 sobre o Fluminense de Feira, domingo, no Joia, e é intocável pelo técnico Vagner Benazzi.

“Pela sua qualidade, não iria custar pra ele falar uma vez por semana com vocês. Vou tentar convencê-lo”, brinca o atacante Jones, que se espanta com o estilo caladão do companheiro. “Eu percebi desde meus primeiros dias aqui”, comenta. Deixa lá. Helder não fala, mas joga.

Correio*

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